Dodge nega liberdade a Geddel e diz que ele atua como “líder de organização criminosa”
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que o ex-ministro de Temer, Geddel Vieira Lima, parece agir como um “líder de organização criminosa”. A declaração foi dada em ofício enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Dodge defendeu a manutenção de Geddel em prisão preventiva após a defesa do ex-ministro pedir a liberdade provisória de Geddel, preso em setembro, após a Polícia Federal apreender R$ 51 milhões em um bunker que seria de uma amigo do acusado. À época, o peemedebista cumpria prisão domiciliar por suspeita de obstruir as investigações da Operação Cui Bono, que apura fraudes na Caixa Econômica Federal.
“Sua conduda criminosa violou, a um só tempo, as condições que lhe foram impostas para a concessão da prisão domiciliar e a confiança que o Poder Judiciário lhe depositou”, escreveu a PGR.
“Portanto, em um primeiro momento, Geddel Quadros Vieira Lima violou a ordem pública e pôs em risco a aplicação da lei penal ao embaraçar investigação de crimes praticados de organização criminosa. Num segundo momento, passados nem dois meses do primeiro [crime], reiterou a prática criminosa (reiteração delitiva) ao ocultar mais de cinquenta milhões de reais de origem criminosa”, explicou Dodge.
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