Doleiro Dario Messer é encaminhado para Cadeia Pública no Rio

De lá, ele seguirá para o Complexo Penitenciário de Gericinó, para onde são levados todos os presos da Lava Jato

  • Por Jovem Pan
  • 01/08/2019 19h42 - Atualizado em 01/08/2019 19h43
Reprodução/Facebook Ele é conhecido como o maior doleiro do Brasil e estava foragido desde maio de 2018

O “doleiro dos doleiros”, Dario Messer, foi encaminhado na tarde desta quinta-feira (1) da carceragem da Polícia Federal (PF), no Rio de Janeiro, para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica. De lá, ele seguirá para o Complexo Penitenciário de Gericinó, para onde são levados todos os presos da Lava Jato no estado.

De manhã, o doleiro fez exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML). Messer foi preso nesta quarta-feira (31) às 16h40, em um condomínio de luxo no bairro dos Jardins, em São Paulo. À noite, ele seguiu para a Superintendência da PF, na zona portuária. O doleiro estava foragido da Justiça desde maio do ano passado.

Em julho, a família de Messer começou a fazer acordos de delação premiada com a Lava Jato e se comprometeu a devolver R$ 370 milhões aos cofres públicos. Na ocasião, a operação, inclusive, deu um passo importante para encontrá-lo: prendeu, no Rio de Janeiro, um de seus braços direito, Mario Libman.

Especulava-se que ele estaria escondido em Israel, já que as duas famílias são da comunidade israelita. Messer tem, ainda, dupla cidadania, brasileira e paraguaia. No Paraguai, a Justiça já conseguiu bloquear bens que, juntos, somam R$ 100 milhões.

Quando a Lava Jato esteve no imóvel de Messer, encontrou uma verdadeira galeria de arte, além de dinheiro e joias. As famílias Libman e Messer têm negócios juntas há muitos anos e movimentaram milhões de reais, segundo as investigações.

Messer responde a vários processos abertos desde o fim da década de 1980. Ele é acusado de movimentar cerca de R$ 6 bilhões de forma suspeita para empresários e políticos, entre os quais o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.

A ordem de prisão do doleiro foi expedida em maio de 2018, dentro da Operação Câmbio Desligo, conduzida pelo juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.

* Com informações da Agência Brasil

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