Doria promete despoluir Rio Pinheiros até 2022 e transformar Usina Traição em Puerto Madero paulistano

  • Por Jovem Pan
  • 05/06/2019 15h53 - Atualizado em 05/06/2019 15h53
Governo do Estado de São Paulo Espaço onde está a Usina Traição – que passará a se chamar Usina São Paulo – será concedido ao setor privado em 2021

O governador de São Paulo, João Doria, assumiu o compromisso nesta quarta-feira (5) de despoluir o Rio Pinheiros até dezembro de 2022, incluindo as margens recuperadas. Além disso, o espaço onde está a Usina Traição – que passará a se chamar Usina São Paulo – será concedido ao setor privado em 2021.

“Uma parte dos recursos para a despoluição do rio é do Estado, colocada em orçamento, outra parte é de recursos privados, a partir da concessão de algumas áreas para exploração do transporte turístico de passageiros aqui no Rio Pinheiros“, declarou.

Doria disse que a usina continuará funcionando, mas a intenção é que os demais espaços se tornem públicos, utilizados para lazer e entretenimento, com cafés e restaurantes. O governador afirmou que o local pode ser transformado em um “Puerto Madero paulistano”, referência a um dos bairros da cidade de Buenos Aires, capital da Argentina, localizado às margens do Rio da Prata, que é um dos espaços mais valorizados da capital.

“É uma área bonita, é um prédio antigo, da década de 40, que recuperado e explorado pelo setor privado oferecerá uma ótima oportunidade de entretenimento e uma marca importante para São Paulo”, explicou.

De acordo com o governador, o projeto é atrativo para a iniciativa privada porque a oportunidade de exploração do transporte de pessoas representa a possibilidade de geração de receita, com a utilização por milhares de pessoas, com mais vantagem e velocidade do que a utilização das marginais. “As estações de embarque e desembarque também serão de exploração privada, com a utilização de publicidade e o pagamento do transporte de passageiros no volume que cabe a um rio cujas marginais transportam 3,5 milhões de pessoas diariamente.”

Os testes com dois barcos coletores de resíduos flutuantes, os chamados Ecoboats, começaram nesta quarta-feira, à altura da Usina Traição, perto da Ponte Ary Torres. As embarcações de 2,80 metros de largura e 7 m de comprimento e quatro toneladas vão operar  por 30 dias sem custo para a administração. Se a tecnologia for aprovada, será avaliada a possibilidade de aquisição dos barcos.

Despoluição do Tietê

A segunda etapa de despoluição de rios abrange também o Tietê, que começará o processo enquanto o projeto estiver em andamento no rio Pinheiros. Já foi firmado um contrato com a cidade de Guarulhos, que fica na região metropolitana de São Paulo, e é uma das que mais polui o Tietê. “O projeto do Tietê é de oito anos e, nesse período, ele também estará despoluído, como compromisso do governo do Estado e igualmente de municípios do entorno do rio”, disse Doria.

* Com informações da Agência Brasil

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