Doria: proteger o Brasil não é proteger o governo Temer nem dar apoio incondicional

  • Por Jovem Pan
  • 30/06/2017 08h38 - Atualizado em 30/06/2017 09h13
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Reprodução/Jovem Pan "Perfil do candidato com desenho do novo, do gestor, tem mais chance em 2018", disse o prefeito de São Paulo

Apesar de ter defendido a manutenção do PSDB paulista no governo Temer na última reunião do partido, o prefeito de São Paulo João Doria inclina seu discurso e agora vê “um dilema” que vive a sigla.

Doria lembra que os tucanos “tomaram uma posição” no início do governo Temer apoiando a formação do “novo governo” depois da saída de Dilma Rousseff. “Naquele momento havia todo um bom sentido na recuperação econômica e o foco nas reformas”, disse. O prefeito reconhece, no entanto: “depois disso, com a denúncia de Joesley Batista, a situação piorou sensivelmente”. Doria reconhece que a executiva nacional do PSDB se reúna novamente “o mais breve possível” para rediscutir o apoio a Temer.

“Defendi a governabilidade, a proteção ao Brasil, mesma opinião compartilhada pelo governador Geraldo Alckmin“, disse o prefeito.

“Mas proteger o Brasil não é proteger o governo Temer nem dar o apoio incondicional. (É) avaliar dia a dia e verificar a importância de se preservar as conquistas na área econômica”, afirmou Doria, pedindo para o partido ajudar a “manter o ritmo no Congresso Nacional” para a aprovação da reforma trabalhista e da Previdência, “ainda que com algumas alterações”.

2018

Sem se colocar como candidato para a disputa presidencial do ano que vem, Doria entende que o perfil que será escolhido para o Planalto é do “novo” e do “gestor”.

“O perfil de um candidato ou mais que se apresente, não apenas à Presidência da República, mas também aos governos estaduais, com esse desenho, essa moldura do novo, do gestor, um pouco mais afastado dessa índole meramente política, terá mais chances de consolidar vitória”, afirmou o tucano, que usou o mesmo discurso para ser eleito prefeito de SP no primeiro turno.

O prefeito prometeu durante a campanha que cumpriria os quatro anos de mandato na capital paulista, mas há alguns meses acena com a possibilidade de concorrer ao Planalto em 2018.

Comentando sobre avaliação de seu governo em São Paulo, que piorou no último mês de acordo com o instituto Ipsos, Doria comentou seu grau de conhecimento em âmbito nacional.

“Ainda tenho um grau de desconhecimento muito elevado e um potencial também a se conhecer também muito expressivo”, afirmou.

Greve

Doria também comentou a greve geral convocado por críticos à reforma trabalhista para esta sexta-feira (30). “Ela é manifestamente política”, classificou.

“Felizmente na cidade de São Paulo não ocorre (a greve), aliás de forma muito ajuizada”, disse Doria, a despeito de manifestações e protestos que bloqueiam diversas ruas e estradas paulistanas.

Doria enviou seu “reconhecimento” e “cumprimentos” aos dirigentes sindicais que desaprovaram a paralisação no transporte público paulistano. Ônibus e metrô funcionam novamente. “Não há nenhum movimento que impeça o direito de ir e vir dos trabalhadores”, afirmou o prefeito.

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