Doria e outros sete governadores são investigados pela PGR
Assim como Witzel, mandatários são suspeitos de irregularidades em contratos firmados durante a crise
Oito governadores estão sendo investigados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suspeitas de irregularidades em contratos firmados durante a crise do novo coronavírus. Segundo a Folha de S. Paulo, além do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), alvo de uma operação da Polícia Federal ontem em sua residência, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também está na mira.
Wilson Miranda Lima (PSC-AM), Helder Barbalho (MDB-PA) e João Azevedo (PSB-PB) são outros nomes presentes, além de outros três mandatários não revelados.
De acordo com fontes ouvidas pelo jornal, a PGR já fez avaliações preliminares sobre as acusações e está encaminhando ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) pedido de autorização para a abertura do inquérito. Alguns requerimentos inclusive já estão no órgão. Os governadores só podem ser investigados após autorização do STJ.
Além do Rio, o inquérito mais avançado está no Pará.
Operação Placebo
A PF cumpriu ontem mandados de busca em endereços de Witzel por suspeita de fraudes e indícios de desvios de recursos públicos nas ações de combate à pandemia do novo coronavírus. O esquema de corrupção envolveria uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde.
Em resposta à operação, o governador afirmou que as ações da PF comprovam a interferência do presidente Jair Bolsonaro no órgão. “A interferência anunciada pelo presidente da República está devidamente oficializada”, disse, em nota.
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