“É um tapa na cara da sociedade”, diz Imbassahy sobre Lula na Casa Civil

Deputado Antônio Imbassahy

Após ser confirmada a ida do ex-presidente para a Casa Civil, a oposição já mostra sinais de indignação. Em entrevista à Jovem Pan, o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antônio Imbassahy (BA), afirmou que a decisão é “um verdadeiro desrespeito e um tapa na cara da sociedade brasileira”.

Segundo o deputado, a presidente Dilma Rousseff “acaba de se autodestituir”, ao nomear Lula como ministro-chefe da Casa Civil, e é uma “vergonha para o País”. Imbassahy lembrou ainda da frase dita pelo ex-presidente em 1988: “No Brasil é assim: quando um pobre rouba, vai para a cadeia; quando um rico rouba, vira ministro”.

“Essa é uma frase do ex-presidente e vamos chegar em frente ao Palácio do Planalto por essa vergonha que uma presidente, que não respeita os brasileiros, cometeu”, declarou o deputado.

Antônio Imbassahy acusou Dilma Rousseff de utilizar sua “prerrogativa para cometer um ilícito”. Para o líder do PSDB, Dilma nomeia alguém que está sendo denunciada “com um objetivo claro de protegê-lo” e disse que ela está “obstruindo a Justiça”.

“A hora que a presidente Dilma faz isso, ela dá um atestado de óbito do Governo e Lula dá um atestado de culpa”, pontuou.

Impeachment

O Supremo Tribunal Federal analisa nesta quarta-feira (16) o recurso da Mesa Diretora da Câmara contra a decisão que alterou o rito do impeachment da presidente Dilma. O recurso busca reverter as principais mudanças no andamento do processo, que foi determinado pela maioria dos ministros da Corte.

Questionado se o rito do impeachment poderia acabar com a estratégia do Governo ao nomear o ex-presidente como ministro-chefe da Casa Civil, Imbassahy foi enfático: “com certeza”.

A Câmara dos Deputados deve definir o rito ainda nesta quarta. Nesta quinta-feira (17), está prevista a eleição da comissão e sua instalação imediata. “Estamos em plena Operação Lava Jato e assistimos um ministro da Educação tentar obstruir a Justiça. Isso é uma vergonha, tem que acabar. Temos que observar a Constituição, mas correr com o impeachment”, disse Imbassahy.