Economista italiana pede a Dilma mais integração entre setores público e privado

  • Por Agência Brasil
  • 15/05/2015 20h40
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José Cruz/Agência Brasil Ministro Aldo Rebelo e a professora Mariana Mazzucato

A economista italiana Mariana Mazzucato disse hoje (15) que, após aumentar os investimentos em inovação, o Brasil precisa traçar uma estratégia para que o Estado interaja de forma mais dinâmica com o setor privado.

À tarde, no Palácio do Planalto, ela se encontrou com a presidente Dilma Rousseff e com os ministros Aldo Rebelo (Ciência, Tecnologia e Inovação), Aloizio Mercadante (Casa Civil),  Jaques Wagner (Defesa), Joaquim Levy (Fazenda), Renato Janine Ribeiro (Educação), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) e Nelson  Barbosa (Planejamento).

Autora do livro O Estado Empreendedor: Desmascarando o Mito do Setor Público X Setor Privado, a professora está no Brasil para participar do 6º Congresso Brasileiro de Inovação. Ela foi convidada a se encontrar com a presidente, a quem classificou como “excepcional” pelo “incrível” conhecimento sobre indústria e inovação.

Segundo Mariana, somente com um “Estado forte” é possível desenvolver parcerias entre instituições públicas e privadas e obter crescimento por longo período.

“A questão é saber se podemos aprender com as confusões que talvez fizemos para ser competitivos, para produzirmos bons serviços que o mundo quer comprar. A lição é que vocês precisam de uma ação mais estratégica de um Estado direto, que interaja de forma dinâmica com o setor privado. Vocês não devem deixar o setor privado determinar regras”, explicou.

Para a economista, que é professora de Ciência e Tecnologia da Universidade de Sussex, não se pode deixar que o setor privado fique apenas se queixando dos problemas do país. Acrescentou que, para que o país não volte atrás, é preciso que o setor privado entre no jogo e que os bancos privados invistam mais em inovação. “Suas companhias gastam muito pouco no desenvolvimento de pesquisas. Há muita inércia”, acrescentou.

Mariana Mazzucato disse à presidente que é preciso que o país aumente sua inovação e continue investindo em inteligência. “Caso contrário, não será possível competir em nenhum setor. No Brasil hoje, há problemas e também uma crise de competência em alguns setores. E problema qual é? Precisam de mais mercado ou mais Estado? Ou mais relações entre os dois? A resposta é que precisa de mais Estado estratégico, com mais instituições públicas com relação umas com a outras”, concluiu.

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