Eduardo Bolsonaro afirma que renunciaria cargo para virar embaixador do Brasil nos EUA

  • Por Jovem Pan
  • 11/07/2019 20h28 - Atualizado em 11/07/2019 20h32
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Reprodução Eduardo acredita que "seria muito bem visto pelos americanos um presidente indicando o seu filho para trabalhar lá"

“Se fosse a missão dada pelo presidente, eu renunciaria”, afirmou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sobre a possível indicação do pai, Jair Bolsonaro, para que ocupe o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Segundo ele, no entanto, ainda precisa haver uma conversa com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e com o próprio presidente para confirmar a informação.

“Precisamos ter o pé no chão, uma conversa olho no olho. Jamais faria isso desagradando o Ernesto Araújo, tem que ver se ele já não tem outras indicações. Mas mesmo a mera possibilidade já me deixa lisonjeado”, disse Eduardo.

O deputado argumentou que, embora tenha consciência das críticas, o caso não se trata de nepotismo – quando um agente público usa de sua posição de poder para nomear familiares. “A primeira análise que fizemos aqui é que não se enquadraria nisso, que seria igual um presidente indicar um ministro”, explicou.

Eduardo afirmou ainda que acredita que “seria muito bem visto pelos americanos um presidente indicando o seu filho para trabalhar lá”. Ele justificou que, além de ter sido o deputado federal mais votado do país, ocupa um cargo muito importante no governo, a presidência da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN).

“Eu fico imaginando do lado de lá, o povo americano olhando […] Eu acredito que a nomeação de uma pessoa tão próxima ao presidente seria vista com bons olhos e daria a confiabilidade necessária para que façamos um trabalho resgatando o crédito do Brasil no exterior”, disse. “Não sou um diplomata de carreira e nem fiz o concurso público, mas alguns países entendem que uma indicação política demonstra um compromisso maior na aproximação da relação entre os países”, completou.

A legislação brasileira estabelece que os chefes de missão diplomática permanente devem ser escolhidos entre os ministros de primeira ou segunda classe (em casos específicos) do Itamaraty, mas abre uma exceção.

Também podem ocupar o posto brasileiros natos que não pertençam aos quadros do Ministério das Relações Exteriores e sejam maiores de 35 anos de idade, “de reconhecido mérito e com relevantes serviços prestados ao país”. Eduardo completou 35 anos nesta quarta-feira (10).

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