Eduardo Bolsonaro diz que Lula, que perdeu neto, está ‘posando de coitado’

  • Por Jovem Pan
  • 01/03/2019 17h39
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Alex de Jesus - Estadão Conteúdo Neto de 7 anos do presidente morreu nesta sexta-feira, 1, vítima de meningite

O deputado federal do PSL-SP e filho do presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, fez um comentário no twitter em que afirma que a possibilidade de Lula sair da prisão em Curitiba para acompanhar o enterro de um parente só coloca o petista “em voga posando de coitado”. O neto do ex-presidente Arthur, de 7 anos, faleceu nesta sexta-feira, 1, vítima de uma meningite.

Em ocasião do comentário, Eduardo Bolsonaro escreveu a um usuário que publicou uma enquete a seus seguidores pedindo a opinião deles sobre o tema. “Lula é preso comum e deveria estar num presídio comum”, escreveu Eduardo. “Quando o parente de outro preso morrer ele também será escoltado pela PF para o enterro? Absurdo até se cogitar isso, só deixa o larápio em voga posando de coitado.”

Lula pediu à Justiça para deixar a prisão temporariamente para se despedir do neto. Anteriormente,quando o irmão do ex-presidente, Genival Inácio da Silva, o Vavá, morreu, no mês passado, Lula também pediu para sair. O pedido foi negado, mas o presidnete do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli interveio e liberou a saída. Mas já era tarde demais para o sepultamento de Vavá quando a decisão saiu.

O jurista João Paulo Martinelli, criminalista e professor de direito penal da Escola de Direito do Brasil (EDB), acredita que Lula tem direito de sair para ir ao enterro. “Lula foi impedido de participar do velório de seu irmão e, de última hora, conseguiu uma decisão inexequível, pois o corpo deveria ir até ele”, lembrou.

Na opinião do advogado Daniel Gerber, professor de Direito Penal e Processual Penal, trata-se de uma questão de humanidade, que neste caso, supera qualquer regra. “Aquela liminar dada, anteriormente, pelo ministro Toffoli, presidente do Supremo, naqueles termos, sem dúvida, se incorpora no pedido do ex-presidente para este momento”, considera Gerber. “Justiça sem humanidade é tirania”.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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