Eduardo Cunha agradece “hostilidades” de petistas e rebate deputado: “Quem é o oportunista?”

  • Por Jovem Pan
  • 14/06/2015 11h41
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O presidente da Câmara dos Deputados Antonio Cruz/Agência Brasil O presidente da Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) rebateu em sua conta na rede social na manhã deste domingo (14) as vaias e críticas que recebeu durante o congresso nacional do Partido dos Trabalhadores (PT).

“O PMDB está cansado de ser agredido pelo PT constantemente e é por isso que declarei ao (jornal) Estadão que essa aliança não se repetirá. Talvez tivesse sido melhor que eles aprovassem no congresso (do PT) o fim da aliança e não sei se num congresso do PMDB terão a mesma sorte”, escreveu Cunha.

“No momento temos compromisso com o país e a estabilidade, mas isso não quer dizer que vamos nos submeter à humilhação do PT. E realmente ficaria preocupado se eles me aplaudissem, porque seria sinal que eu estaria fazendo tudo errado. E mais uma vez agradeço as hostilidades”, reiterou o presidente da Câmara.

Durante o congresso do partido do governo, petistas gritaram “Fora Cunha” e o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) chamou o líder da Câmara de “oportunista de ocasião”.

“Tivemos uma política de 12 anos vitoriosa. Não é porque agora um oportunista de ocasão, como surgiram muitos na história, conseguiu se alçar à presidência da Câmara, que vamos mudar a política por conta dessas pessoas”, disse Zarattini, segundo o jornal Valor Econômico.

Apesar disso, o PT decidiu no encontro manter a aliança com o partido de Cunha, PMDB.

Cunha rebateu Zarattini alegando que este rejeitou e depois votou a favor de emenda que muda o fator previdenciário. “Quem é então o oportunista de ocasião?”, disse.

 

Veja o que disse Cunha em seu Twitter, já com erros de acentuação e vírgulas corrigidos:

Bom dia a todos,

Para responder ao deputado do PT que fez discurso me chamando de oportunista de ocasião, gostaria de lembrar quem ele é

Era vice-líder do governo e relator da MP 664, que tratava do ajuste fiscal e aonde tinha a emenda de mudança do fator previdenciário.

Ele rejeitou a emenda e no plenário votou a favor da emenda, e acabou tendo de deixar a vice-liderança do governo.

Quem é então o oportunista de ocasião?

O PMDB está cansado de ser agredido pelo PT constantemente e é por isso que declarei ao Estadão que essa aliança não se repetirá.

Talvez tivesse sido melhor que eles aprovassem no congresso o fim da aliança e não sei se num congresso do PMDB terão a mesma sorte.

No momento temos compromisso com o país e a estabilidade, mas isso não quer dizer que vamos nos submeter à humilhação do PT.

E realmente ficaria preocupado se eles me aplaudissem, porque seria sinal que eu estaria fazendo tudo errado. E mais uma vez agradeço as hostilidades.

E se estão com raiva da pauta, ao invés disso busquem debater e convencer das suas posições e não agredir.

Aliás, as críticas que recebo porque estamos pautando, debatendo e votando matérias que estão anos na gaveta, nao são justas.

Continuarei pautando e ainda não conheço uma maneira melhor do que a democracia, onde a maioria aprova ou derrota alguma matéria.

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