Eleição 2016 teve campanhas mais “pobres” e voltadas ao horário eleitoral

  • Por Jovem Pan
  • 02/10/2016 17h00
Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas dinheiro - Fotos Públicas

Sem doações empresariais de campanhas para as eleições municipais neste ano, os gastos somaram R$ 2,1 bilhões. O montante é menor que o registrado em eleições anteriores. Em 2012, por exemplo, o valor chegou a R$ 6,240 bilhões.

Questionado se o caixa dois foi mais coibido durante a corrida eleitoral, o especialista em direito eleitoral, advogado José Fernando Lopes Carvalho disse, em entrevista exclusiva à Jovem Pan, que isso deve ser combatido sempre: “com ou sem financiamento empresarial”.

Segundo o especialista, o “caixa dois não acaba”, assim como a corrupção e os crimes em geral.

Com a mudança na questão do financiamento, portanto, o que se constatou foram campanhas mais “pobres” e voltadas ao horário eleitoral. “Os candidatos tiveram mais dificuldade para alcançar o eleitor (…) Isso beneficia quem já é conhecido e dificulta o aparecimento de novas lideranças políticas”, disse.

Para o comentarista Marco Antonio Villa, a lei eleitoral atual privilegia os nomes mais conhecidos, o que dificulta o aparecimento de novas lideranças.

“Vários candidatos dizendo que não havia relativa igualdade de oportunidade (…) A renovação deve ser baixa. Pode ser a mais baixa das últimas eleições. E é aí que quem é candidato à reeleição leva uma enorme vantagem”, explicou.

Horário eleitoral

O especialista defendeu o horário eleitoral como uma forma do candidato alcançar a base eleitoral, mas destacou que é necessária uma reforma mais “radical”.

Confira a entrevista completa:

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