Eletronuclear: presidente afastado acertou retirada de documentos de sala lacrada

  • Por Estadão Conteúdo
  • 08/07/2016 12h34
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Rio de Janeiro - Polícia Federal chega com malotes da Operação Pripyat na sede da polícia no Rio (Tomaz Silva/Agência Brasil) Tomaz Silva/Agência Brasil Agentes da Polícia Federal chegam com malotes da Operação Pripyat na sede do órgão

O presidente afastado da Eletronuclear pela Operação Pripyat, Pedro José Diniz Figueiredo, e o ex-diretor técnico Luiz Soares combinaram a retirada de documentos e equipamentos de uma sala lacrada por decisão do Conselho de Administração da Eletrobras. O Broadcast, serviço de informação em tempo real da Agência Estado, teve acesso à transcrição do áudio em que eles acertam a ação por telefone.

Após ser avisado por Figueiredo que a sua sala e de outros dois diretores tinham sido lacradas, Soares reclama: “Pô, mas tem documentos meus na sala”. O então presidente responde: “Não, mas se você precisar entrar lá depois, aí eu entro com você lá. Amanhã de manhã, tá?”, afirmou em conversa no dia do afastamento de Soares pelo Conselho de Administração, em 14 de abril de 2016.

Soares é citado em três acordos de delação premiada feitos por ex-funcionários da Andrade Gutierrez como recebedor de propina entre a empresa e a Eletronuclear.

A Operação Pripyat, desdobramento da Lava Jato, prendeu na quarta-feira, 6, no Rio, dez pessoas acusadas de desviar recursos da obra da Usina Nuclear Angra 3, investimento de R$ 17 bilhões no litoral sul do Estado.

Entre os presos está o vice-almirante reformado Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, que já havia sido preso pela Lava Jato no ano passado e estava em prisão domiciliar desde dezembro.

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