Em carta, Delcídio nega ameaças a senadores: “jamais fiz ou farei ameaças”

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza reunião deliberativa com 16 itens. Na pauta, PLC 50/2014, que regulamenta a comercialização de planos de assistência funerária; e PLS 307/2012, que limita prazo de 30 dias para fornecimento de sigilos bancários. À mesa, presidente da CAE, senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Foto: Geraldo Magela /Agência Senado Delcídio Amaral (Agência Senado)

Em carta, o ex-líder do Governo Delcídio Amaral negou ter feito ameaças aos colegas senadores para salvar seu mandato no Consleho de Ética.

Entregue a 80 senadores nesta sexta-feira (26), o senador afirmou que as ameaças são “falsas e delirantes” e que apesar de ter sido preso e, consequentemente, afastado da vida política e social, isso não o “exonerou da coerência e da razão”.

“Tais notícias são falsas e delirantes! Não condizem com minha conduta de homem e de parlamentar. Jamais fiz ou farei ameaças a qualquer pessoa”, disse. Delcídio acusou ainda “alguns órgãos de mídia nacional” por publicarem inverdades. “Tal conduta, temerária e leviana, fere os princípios do bom jornalismo e merece o meu repúdio veementemente”, pontuou.

A carta, obtida pela GloboNews, faz parte de uma estratégia do senador para convencer os parlamentares a preservarem seu mandato no processo do Conselho de Ética. Caso ele perca o foro privilegiado, seu processo pode ser investigado pelo juiz Sergio Moro, que esta a frente da Operação Lava Jato, em Curitiba.

Preso em novembro de 2015 por tentar atrapalhar as investigações da Operação lava Jato, o senador Delcídio Amaral ficou afastado de suas atividades no Senado, mas continuou recebendo salários e benefícios.

No último dia 19, o Supremo Tribunal Federal revogou a prisão do ex-líder do Governo na Casa e este poderia voltar a exercer o cargo.

Confira abaixo a carta obtida pela GloboNews: