Em CPI, Duque diz que empresário desviou dinheiro de consórcio

  • Por Agência Câmara Notícias
  • 02/09/2015 14h35

Ex-diretor da Petrobras Renato Duque Sérgio Lima/Folhapress Ex-diretor da Petrobras Renato Duque

O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque acusou o empresário Augusto Mendonça de “ladrão” ao responder a uma pergunta da deputada Eliziane Gama (PPS-MA) sobre pagamento de propina que teria sido intermediada por Mendonça e pelo empresário Júlio Camargo – outro delator do esquema de desvio de recursos da Petrobras.

Duque foi acusado de receber propina por Mendonça e por Camargo, que apontou como origem o Consórcio Interpar, formado pela empresas SOG, Mendes Júnior e Skaska, contratado para a execução de obras da refinaria Presidente Vargas (Repar) em Araucária (PR).

A SOG é uma das empresas do grupo de Mendonça e, segundo Camargo, a propina paga a Duque foi de R$ 12 milhões.

“Ele disse que recebeu dinheiro do consórcio, através do Júlio Carmargo, para repassar propina. Ele disse que pagou R$ 33 milhões de propina a mando do Júlio, mas o Júlio disse que a propina foi de R$ 12 milhões. Ele tem que explicar a diferença, onde está o dinheiro. Ele roubou do consórcio”, acusou Duque.

Mendonça alegou que a acusação faz parte da estratégia da defesa de Duque. “Ele pode falar o que quiser. Meu papel como colaborador é dizer a verdade sobre os fatos. Eu entreguei para o Ministério Público todos os contratos e notas fiscais que mostram a saída dos recursos. Entreguei também as contas que me foram indicadas para depositar”, respondeu o empresário.

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