Em delação premiada, Cerveró liga Lula a empréstimo sob investigação

  • Por Jovem Pan
  • 12/01/2016 13h55

Nestor Cerveró EFE/FERNANDO BIZERRA JR. Nestor Cerveró

O ex-diretor Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, garantiu em delação premiada ter recebido um cargo público em 2008, do então presidente Lula. A benesse teria sido uma espécie de reconhecimento, pela ajuda prestada por Cerveró.

O cargo público se refere ao de diretor da BR Distribuidora – subsidiária da estatal. A troca foi feita por uma ajuda de Cerveró ao Grupo Schahin ao vencer uma licitação para o aluguel de um navio sonda.

Apontado pelo Ministério Público Federal, o negócio é apontado como forma de pagamento do PT a um empréstimo de R$ 12 milhões para o pecuarista José Carlos Bumlai.

O PT teria utilizado o dinheiro, repassado pelo Banco Schahin, para pagamento de dívidas da sigla. O negócio rendeu a Schahin mais de R$ 1 bilhão.

Ainda na delação, Nestor Cerveró afirmou que conseguiu continuar na Petrobras por conta da intermediação de tal negócio. Segundo ele contou, foi Lula quem decidiu indicá-lo para o cargo na BR Distribuidora.

A operação é tida como fraudulenta pelas autoridades mobilizadas na Operação Lava Jato. A menção ao cacique político do PT é a primeira realizada em um depoimento ligado às delações premiadas dos ilícitos cometidos na Petrobras.

Nestor Cerveró ocupou a diretoria Internacional da estatal entre 2003 e 2008 e depois foi nomeado diretor financeiro e de serviços da BR Distribuidora.

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