Em dia de aprovação, Bolsonaro ignora Previdência em live semanal
O presidente Jair Bolsonaro ignorou o assunto reforma da Previdência durante a live semanal desta quinta-feira (4), dia em que o texto-base da proposta foi aprovado na comissão especial na Câmara dos Deputados. Na live, o chefe da República recebeu os ministros Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, e Tarcísio Freitas, da Infraestrutura, e o secretário da pesca, Jorge Seif Junior.
Bolsonaro aproveitou a live para novamente falar sobre o acordo de livre-comércio firmado entre Mercosul e União Europeia. O presidente deu a palavra para Ernesto Araújo, que parabenizou a ministra Tereza Cristina e o ministro Paulo Guedes por terem ajudado a costurar o acordo. Segundo o chefe da pasta das Relações Exteriores, haverá “condições muito melhores de concorrência” e irá revigorar o Mercosul.
Já o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, reforçou novamente o pedido para aprovação da proposta que muda regras na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Segundo o ministro, o objetivo é “tornar a vida mais barata e mais simples”.
Para Freitas, a ampliação do limite de pontos de 20 para 40 ajudará aos profissionais que trabalham como motoristas. “Perder a carteira significa perder o emprego”, afirmou o ministro. Tarcísio ainda disse que a ideia de aumentar o prazo de renovação de 5 para 10 anos é uma forma de desburocratizar, já que as pessoas não perdem as capacidades cognitivas com tamanha velocidade, na opinião dele.
Bolsonaro também revelou que foi convidado por instituições católicas para o evento que irá canonizar a Irmã Dulce, no dia 20 de outubro, em Salvador. O presidente garantiu que irá comparecer.
Reforma da Previdência
Nesta quinta (4), policiais protestaram contra Bolsonaro e o PSL após a rejeição do destaque que suavizaria as regras para a aposentadoria da classe. O presidente havia tentado pessoalmente costurar um acordo com a Câmara a favor dos policias, mas acabou sendo derrotado.
Novas placas de veículos
Durante a live, Freitas contou detalhes também da nova placa de identificação de veículos, aprovada na última semana. Segundo o ministro, as atuais placas tinham elementos gráficos que obrigavam a população a pagar royalties para os detentores das patentes.
“A gente tinha na placa dois elementos gráficos patenteados, ou seja, a cada placa emitida ia ter um custo de licença, de royalties, para aquele detentor da patente daquele elemento gráfico. Isso é completamente absurdo. Nós eliminamos esses elementos gráficos de maneira a tornar a placa mais barata. A placa tem todos os elementos de segurança, toda rastreabilidade, tem toda tecnologia, mas sem pagar royalties para ninguém. O custo vai se assemelhar as placas de hoje e até cair, porque nós estamos acabando com o monopólio de estampadores. O mercado vai ser completamente aberto”, afirmou.
“Essa placa nova que está ai, acho que 10% já foram colocados em carros no Brasil, em alguns estados mais do que os outros. Eles tinham elementos gráficos patenteados, então você pagava essa patente. Parece, não vou acusar ninguém, que foi acordado com várias entidades de modo que cada um ia ganhar uma graninha nessa placa que você ia ser obrigado a botar no teu carro com o nome do Mercosul. Não tem cabimento isso ai.” questionou Bolsonaro em seguida.
A resolução do CONTRAN aprovada na última semana tem como finalidade aumentar a quantidade de combinações possíveis. Serão quatro caracteres e três números; aumentando em 450 milhões de combinações. Segundo o ministro da Infraestrutura, o padrão de placa não precisará mudar por muito tempo e ninguém será obrigado a trocar.
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