Em entrevista, Temer afirma que baixa popularidade é ‘natural’

  • Por Estadão Conteúdo
  • 05/10/2016 17h40
BRA22. BRASILIA(BRASIL),22/09/2016.- El presidente brasileño, Michel Temer, participa hoy, miércoles 22 de septiembre de 2016, en un acto en el Palacio presidencial de Planalto, donde anunció hoy una inversión de 1.500 millones de reales (unos 468 millones de dólares) en la educación secundaria, destinada sobre todo a la implantación de escuelas de tiempo integral en Brasilia (Brasil). EFE/FERNANDO BIZERRA JR EFE/FERNANDO BIZERRA JR Michel Temer EFE

Em entrevista a uma rádio de Salvador nesta quarta-feira (5) o presidente Michel Temer disse considerar “natural” o baixo índice de popularidade do seu governo, já que ele assumiu efetivamente o comando do País há cerca de um mês e num momento de grave crise econômica.

O presidente também voltou a repetir que os números divulgados pela pesquisa CNI/Ibope nesta terça (4), que mostram que apenas 14% da população consideram o seu governo ótimo ou bom, não o preocupam, porque ele não tem a intenção de disputar a reeleição em 2018.

“Como eu não tenho mais nenhum objetivo eleitoral, o meu único objetivo e do meu governo é recolocar o Brasil nos trilhos. Você sabe que de vez em quando eu falo de brincadeira que se eu chegar no final do governo e tiver 2% de popularidade, mas o povo brasileiro estiver satisfeito, eu me dou por satisfeito”, disse.

Temer também disse estar confiante sobre a aprovação, no Congresso, da Proposta de Emenda à Constituição que estabelece um teto para os gastos públicos. Ele também voltou a afirmar que o projeto não vai diminuir os investimentos em saúde e educação. “As pessoas tentam divulgar a ideia de que quando você fala em teto de gastos, você está falando em teto de gastos para saúde, para educação, para a cultura, e não é isso não, é o teto geral. O teto geral é de X, você tira de um lugar e põe em outro, jamais será tirado da saúde e da educação”, disse.

Segundo o presidente, o efeito da aprovação da PEC e de outras medidas que o governo está tomando na área econômica poderá começar a ser sentido pela população daqui a seis meses. “Eu estaria mentindo, falseando, se eu dissesse: olha daqui a dois meses está tudo resolvido. Não é assim, não. Isso vai levar seis, sete, oito meses. Daí, nós vamos começar ver os reflexos positivos de tudo aquilo que está sendo feito agora.”

O presidente também afirmou que o resultado das eleições municipais demonstrou que a tese defendida pelo PT de que o impeachment foi um “golpe” contra a ex-presidente Dilma Rousseff não foi comprada pela sociedade. “Se a tese prevalecesse, aqueles que, digamos, pregaram a ideia do golpe, teriam tido um sucesso eleitoral extraordinário no Brasil e não foi isso que aconteceu, ao contrário. Aqueles que fazem parte hoje da nossa base aliada, é que tiveram vitórias em todo o país”, disse.

Temer, que realizou diversas reuniões no Palácio do Jaburu para falar com parlamentares sobre o afastamento de Dilma, também afirmou que não fez “um movimento sequer” para que o impeachment fosse aprovado e que apenas cumpria a um “dever” constitucional ao assumir a Presidência.

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