Em evento no Rio, Janot não fala da nova lista de investigados da Lava Jato

  • Por Estadão Conteúdo
  • 06/03/2017 12h30
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Brasília- DF- Brasil- 18/12/2014- O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, discursa durante solenidade comemorativa dos 10 anos da reforma do Judiciário (José Cruz/Agência Brasil) José Cruz/ Agência Brasil Rodrigo Janot

Em meio à expectativa quanto à nova lista de pedidos de abertura de inquérito com base na delação de 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht, que deve ser entregue essa semana ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, esteve num evento no Rio nesta segunda-feira (6), e não comentou o assunto.

Ele participou da abertura do “Seminário de Cooperação Franco-Brasileira sobre Combate ao Tráfico de Entorpecentes”, promovido pela Secretaria de Cooperação Internacional do Ministério Público Federal, em parceria com a Embaixada da França no Brasil e o Ministério Público do Estado. Na saída, procurado por jornalistas, preferiu não responder às perguntas sobre a lista.

“A França está entre os cinco países com os quais o Brasil mais interagiu no campo jurídico nos últimos anos. Defendemos a necessidade de formação de equipes conjuntas de investigação para casos de maior complexidade”, disse Janot em sua fala no seminário. 

Em seguida, defendeu a maior cooperação entre os dois países na fronteira entre Brasil e Guiana Francesa, onde há ocorrências de crime como tráfico humano, de armas e de drogas e desmatamento, e também no combate à lavagem de dinheiro. Janot não fez qualquer menção às investigações da Lava Jato nesta abertura.

É grande a tensão entre políticos quanto à extensão do rol de pedidos. No domingo (5), o jornal Folha de S.Paulo noticiou que serão alvos de pedidos, pelo menos, dois ministros do presidente Michel Temer (PMDB), Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), e senadores do PMDB e do PSDB, entre eles, Aécio Neves, José Serra e Renan Calheiros.

Existe ainda a possibilidade de a PGR pedir desmembramento para instâncias inferiores para casos de outros políticos citados nas delações, e que não têm foro privilegiado, como os ex-presidentes da República Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

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