Em jantar, Maia fala sobre ‘baixar a temperatura’ com o Executivo

  • Por Jovem Pan
  • 25/03/2019 10h50
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Agência Brasil O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ofereceu um jantar na sua casa neste domingo (24)

Em um jantar oferecido na casa do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), neste domingo (24), lideranças do Centrão decidiram “baixar a temperatura” da crise instalada entre o Executivo e o Congresso Nacional. Maia também pretende acalmar os ânimos e seguir com os trabalhos para a aprovação da reforma da Previdência.

Na última quinta-feira (20), o presidente da Câmara ameaçou deixar a articulação pela reforma da Previdência por causa dos ataques recebidos nas redes sociais pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente. Um dia depois, calibrou o discurso e disse que continuaria o trabalho pelas mudanças na aposentadoria.

Maia, porém, fez uma série de críticas ao governo e advertiu que o presidente Jair Bolsonaro precisa deixar o Twitter de lado. “O governo é um deserto de ideias”, disse Maia em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo. “Se tem propostas, eu não as conheço. Qual é o projeto do governo Bolsonaro fora a Previdência? Não se sabe”, afirmou.

Defensor da reforma da Previdência independentemente do governo, o presidente da Câmara avalia que tinha assumido uma obrigação que não é de sua competência, que é de arregimentar votos para sua aprovação. “Esse é o trabalho dos líderes do governo”, disse um interlocutor. “Maia não tem essa responsabilidade institucional”, afirmou.

Isenção de vistos

Durante o jantar, os parlamentares discutiram sobre o decreto assiando pelo presidente Jair Bolsonaro que isentou os norte-americanos de visto para entrar no Brasil. Na semana passada, o grupo ameaçava retaliar o governo com a aprovação de um projeto que anularia este decreto.

Segundo um líder, Rodrigo Maia sugeriu que essa estratégia seja abandonada, justamente para acalmar os ânimos. No entanto, esse recuo ainda não é consenso entre os líderes.

Eles devem ainda bater o martelo sobre essa questão no início desta semana.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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