Em meio à pandemia de coronavírus, Bolsonaro prega ‘retorno’ à normalidade
Nesta terça-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro fez seu terceiro pronunciamento em menos de 20 dias para falar sobre o enfrentamento à pandemia de coronavírus. Diferente das medidas adotadas por vários países, Bolsonaro pregou que devemos “voltar à normalidade” e que alguns governos devem “abandonar o confinamento em massa, fechamento dos comércios e suspensão dos meios de transporte”.
“Por que fechar escolas? Raros são os casos fatais de pessoas sãs com menos de 40 anos, a maior parte de nós nem terá sintomas fortes. Precisamos evitar passar o vírus para nossos pais e avós respeitando as orientações da OMS”, disse. “Eu, caso fosse contaminado, pelo meu histórico de atleta, não precisaria me preocupar, nada sentiria, seria acometido por uma ‘gripezinha’ ou ‘resfriadinho'”, continuou.
Segundo ele, quando a pandemia começou, o que o Brasil precisava conter era “o pânico e a histeria”, além de bolar “estratégias para evitar o desemprego”. Porém, “os meios de comunicação espalharam o pânico”.
O presidente usou como exemplo as notícias divulgadas sobre a Itália — que acumula hoje o maior número de mortos. “[País] com um grande número de idosos e clima muito diferente daqui”.
Bolsonaro citou o uso da cloroquina para tratar o Covid-19 que, segundo o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, foi aprovado hoje pela Administração de Alimentos e Medicamentos (FTA). “O mundo busca um tratamento. O FDA e o [Hospital] Albert Einstein buscam a eficácia da cloroquina, temos recebido boas notícias em relação a esse remédio”.
“Sem pânico ou histeria, como venho falado desde o princípio. Venceremos o vírus e nos orgulharemos de estar vivendo nesse Brasil”, finalizou. Segundo o último balanço do Ministério da Saúde, Brasil já têm 2.201 casos de coronavírus e 46 mortes.
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