Em nenhum momento aceitamos anistia ao caixa dois, diz líder do DEM
“Em nenhum momento nós aceitamos a emenda que anistiava geral (quem já praticou caixa dois)”, garantiu o líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM) em entrevista exclusiva à Jovem Pan neste sábado (26).
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Os líderes partidários se reuniram a portas fechadas com o presidente da Casa Rodrigo Maia na madrugada de sexta (25) e à saída do encontro o deputado Vicente Cândido (PT-SP) afirmou que havia sido combinado que o texto das medidas anticorrupção aprovado na comissão especial seria derrubado em plenário. O texto que seria aprovado, segundo Cândido disse ontem, “criminaliza (o caixa dois) a partir de agora e isenta quem cometeu aquele tipo penal. Se não entrar no texto, entra como emenda”, afirmou.
Mas, após forte pressão popular e nas redes sociais, a votação que estava prevista para a sexta foi adiada para a próxima terça-feira (29).
Avelino, mesmo partido de Onyx Lorenzoni (DEM-RS), autor do relatório que será avaliado pelos deputados, critica o projeto de lei da forma que passou pelo colega. Sobre a proposta de dar estabilidade no emprego para futuros delatores e até os recompensar com uma pequena porcentagem do valor ressarcido, Avelino diz: “pode-se criar aqui a república do dedo-duro no Brasil”.
Sobre o caixa dois, o democrata garante: “Nós não vamos compactuar com o crime e o Congresso Nacional vai fazer o que precisa ser feito”. E pede: “A sociedade brasileira fique tranquila”. “Nós não queremos anistiar corruptos”, afirma.
Texto não assinado de suposta emenda circulou nas redes sociais, inclusive do senador Álvaro Dias (PV), e causou revolta
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