Em nota, advogado de Dirceu afirma que “não há razão jurídica” para prisão

  • Por Jovem Pan
  • 04/08/2015 20h58
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Divulgação/TV Brasil José Dirceu é preso na 17ª fase da Operação Lava Jato

Em nota divulgada à imprensa, o criminalista Roberto Podval, que defende o ex-ministro José Dirceu, afirmou que “não há razão jurídica para prender Dirceu”. Na visão da defesa, a prisão preventiva é desnecessária e não possui fundamento jurídico, segundo a nota a qual o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso.

O advogado ressaltou que Dirceu já havia se colocado à disposição da Justiça para prestar depoimentos e esclarecer o trabalho de consultoria prestado às empreiteiras que estão sob investigação da Operação Lava Jato.

“José Dirceu não se enquadra em nenhuma das três condições jurídicas necessárias para a decretação de uma prisão preventiva: ele não apresenta risco de fuga, não tem como obstruir o trabalho da Justiça nem tampouco é capaz de manter qualquer suposta atividade criminosa”, sustenta a nota.

Em uma coletiva realizada na manhã desta terça-feira (04), o delegado Márcio Anselmo afirmou que os recebimentos ilícitos por meio da JD Assessoria e Consultoria chegava a R$ 39 milhões. No entanto, o criminalista alertou que o cálculo estava equivocado e disse que o montante é referente ao total faturado pela empresa em oito anos de atividades: “quando atendeu cerca de 60 clientes de quase 20 setores diferentes da economia”.

“Querem apontar a JDA como uma empresa de fachada, o que é muito inconsistente”, relatou Podval em nota. O advogado ainda destacou que os “laços de relacionamento com destacadas figuras públicas ao longo de toda sua trajetória e militância política” que eram o ativo e o valor de Dirceu como consultor.

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