Em nova alta, dólar bate os R$ 4,50 pela primeira vez
Puxado pela expansão do coronavírus e seus impactos na economia global, o dólar atingiu nesta quinta-feira a cotação de R$ 4,50 pela primeira vez. Às 11h41, a moeda era negociada a R$ 4,49661, com alta de 1,25%. Na máxima até o momento, chegou a R$ 4,5016. O dólar turismo era cotado a R$ 4,70, sem a inclusão do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
A moeda fechou em R$ 4,4407 na véspera, com alta de 1,10%. O pico da sessão fez o dólar chegar a R$ 4,4475, até então a maior cotação intradia já registrada no Brasil. A moeda norte-americana acumulou alta de 3,63% só em fevereiro. Levando em conta o ano de 2020, subiu 10,75%.
Nem mesmo o leilão de até 20 mil swaps tradicionais com vencimento em agosto, outubro e dezembro de 2020, anunciado nesta quarta-feira pelo Banco Central, conseguiu contar a forte alta desta quinta-feira.
O crescente número de casos do coronavírus e a iminência de uma pandemia da doença fizeram com que a moeda disparasse, apesar de seguir se valorizando frente a outras moedas por conta dos fluxos elevados de capitais para mercados de menor risco.
Após o anúncio de que o surto da doença afetará lucros e resultados de grandes empresas, como Microsoft e AB Inbev, as bolsas europeias passaram a operar em queda de mais de 3%. Na China, registraram uma leve alta por conta da diminuição do número de mortes.
No Japão, o índice Nikkei fechou em queda de 2,13, e em Seul, o KOSPI perdeu 1,05%.
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