Em petição ao STF, defesa de Lula afirma que reforma em sítio foi oferecida por Bumlai

  • Por Jovem Pan
  • 27/02/2016 08h28
Brasília - O pecuarista José Carlos Bumlai, depõe na CPI do BNDES (Valter Campanato/Agência Brasil) Valter Campanato/Agência Brasil O pecuarista José Carlos Bumlai depõe na CPI do BNDES

Em alegação feita em petição apresentada nesta sexta-feira (26) ao Supremo Tribunal Federal, a defesa do ex-presidente Lula afirmou que a reforma realizada no sítio em Atibaia (SP) foi “oferecida” pelo pecuarista José Carlos Bumlai.

Frequentado por Lula e sua família, o sítio foi adquirido em 2010 por iniciativa de Jacó Bittar, amigo do ex-presidente e um dos fundadores do PT, para que pudesse ser compartilhado entre Lula e parentes após o fim do mandato na Presidência.

O local serviria para “acomodar” objetos que Lula recebeu do “povo brasileiro” durante seus dois mandatos na Presidência da República. A defesa de Bumlai, preso há quatro meses na Operação Lava Jato, contestou a versão apresentada na petição.

Ao jornal Folha de S. Paulo, o advogado do pecuarista, Arnaldo Malheiros, falou sobre a posição da defesa do ex-presidente: “só se a Odebrecht for propriedade de Bumlai, o que não me consta”.

A empreiteira Odebrecht admitiu nesta semana estar ligada as obras no sítio no interior paulista ao dizer que seu engenheiro Frederico Barbosa trabalhou no local a pedido de um superior hierárquico da empresa.

Em relação às obras no sítio de Atibaia, a petição afirma que Lula “tomou conhecimento de que a reforma foi oferecida pelo sr. José Carlos Bumlai, amigo da família, enquanto Fernando Bittar comentava sobre a necessidade de algumas adaptações no local”.

Fernando Bittar é filho de Jacó, que ao adoecer repassou “recursos de suas aplicações pessoais” antes da formalização da compra do imóvel. No entanto, Fernando não possuía recursos suficientes para o pagamento do imóvel e “convidou o seu sócio, Jonas Suassuna, a participar da compra, o que foi feito”.

Segundo os defensores do ex-presidente, a reforma foi feita porque o sítio possuía apenas dois quartos, com instalações precárias, e não acomodaria as famílias de Lula e de Bittar. Ainda na petição, a defesa argumenta que a obra foi posteriormente concluída por uma empresa com sede a cerca de 50 quilômetros de Atibaia.

*Informações do jornal Folha de S. Paulo

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