Em reunião tensa, votação do projeto Escola Sem Partido é mais uma vez adiada
Nesta quinta-feira (22), a Comissão Especial da Câmara para a discussão do PL da Escola Sem Partido voltou a se reunir. No encontro, que tinha como objetivo debater o parecer do relator (deputado Flavinho, do PSC-SP), o clima esquentou e os parlamentares trocaram farpas durante cinco horas. Ao fim da reunião, um pedido de vista (mais tempo para avaliação) foi aprovado. Assim, o PL voltará a ser discutido na próxima semana.
Este é o nono adiamento da reunião desde julho. Críticos à proposta têm utilizado estratégias regimentais para adiar a votação. Além disso, tumultos recorrentes também têm travado os trabalhos. A previsão é de que pelo menos mais duas sessões sejam necessárias para a aprovação do parecer.
Durante a reunião, os deputados Ivan Valente, do PSOL-SP, e Rogério Marinho, do PSDB-RN, discutiram. O paulista citou Olavo de Carvalho, e Marino aproveitou para brincar que “viveu para ver” um político de esquerda elogiar o filósofo. Valente não se conteve e engrossou o tom. “Eu apenas o citei. Não elogiei. Aliás, ele não é o idiota que vocês são”, revidou.
O projeto busca proibir o que classifica como “doutrinação política e ideológica” em escolas. O texto prevê que os professores ensinem apenas assuntos que estejam de acordo com preceitos morais e religiosos do Brasil e também exige que um documento com os deveres dos professores seja exibido nas salas de aula para que os alunos possam diferenciar conteúdo de “doutrinação”.
*com informações de Estadão Conteúdo
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