Em Roraima para acompanhar refugiados, ministro da Saúde alerta para risco de difteria e DSTs

  • Por Jovem Pan
  • 18/01/2019 17h50
Priscilla Torres/Estadão Conteúdo Ministro integra equipe do governo que viajou à fronteira com a Venezuela em Roraima

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que há risco de proliferação de casos de difteria e demonstrou preocupação com doenças sexualmente transmissíveis na região de fronteira do Brasil com a Venezuela. Nesta sexta-feira (18), Mandetta visitou Pacaraima, cidade de Roraima que tem recebido grande número de refugiados.

“Temos informações da vinda de muitos casos de difteria, uma doença de letalidade muito grande que não temos no Brasil. Por isso, estamos reforçando um bloqueio aqui [em Pacaraima] e alertando pais para que atualizem a carteira de vacinação [dos filhos]”, disse. Ele integrou comitiva ministerial para acompanhar o acolhimento a venezuelanos.

Para Mandetta, é preciso aumentar o número de pessoas vacinadas não só em Roraima, mas em todas as cidades do Brasil para impedir o surto de outras doenças. “O que ocorreu foi que, com a entrada de venezuelanos e o nível baixo de vacina, houve uma epidemia de sarampo aqui e nas regiões mais próximas, em Manaus e Belém”.

Ele disse que não há previsão de exigência de vacina aos imigrantes, por entender que não se pode obrigar pessoas a se imunizarem contra a vontade, mas destacou que casos de recusa são esporádicos. “Se tivermos a nossa população consciente, mesmo que um caso esporádico [de difteria] entre, podemos fazer isolamento e impedir surtos.”

O ministro disse que verificou na região uma alta de doenças sexualmente transmissíveis, como aids e sífilis, o que determinou o foco de atendimento para combater a proliferação dessas enfermidades, além de fortalecer a assistência de saúde para mulheres grávidas. “Temos problema de pré-natal na Venezuela, que praticamente não está ocorrendo, mães chegam com crianças com má-formação, então, temos outras situações de risco.”

Acolhida

Nesta quinta, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, informou que as atividades de acolhimento a refugiados venezuelanos devem ser prorrogadas por mais um ano. Sobre recursos para a Operação Acolhida, o general da reserva afirmou que o governo federal tem um prazo até o final de março para anunciar o montante final.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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