Em sessão com álcool gel e máscaras, Câmara vota projeto sobre coronavírus

  • Por Jovem Pan
  • 17/03/2020 21h34
Michel Jesus/Câmara dos Deputados camara-projetos-coronavirus Maia oferecia máscaras aos parlamentares presentes nesta terça-feira

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (17), um projeto que autoriza gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) a usar saldos de repasses do Ministério da Saúde de anos anteriores em serviços diversos aos previstos originalmente, a fim de combater o coronavírus. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidiu a sessão com dois potes de álcool gel à sua frente.

“Deputado, por favor, vamos manter a distância”, alertou em determinado momento.

Maia também comandou a aprovação de uma mudança no regimento da Câmara para permitir a realização de sessões por meio de um aplicativo no celular. A medida, no entanto, deve demorar ao menos uma semana para ser implementada, pois o sistema ainda está em desenvolvimento.

Até lá, a ideia é manter apenas lideranças de bancadas no plenário.

Máscaras

Enquanto isso, Maia oferecia máscaras aos parlamentares presentes nesta terça-feira. “A sessão é pra gente votar, a gente tem de falar menos”, afirmou o presidente da Casa.

Kim Kataguiri (DEM-SP) e Joice Hasselmann (PSL-SP) participaram usando máscaras hospitalares brancas. Já a deputada Perpetua Almeida (PCdoB-AC) usava uma máscara verde.

Dois deputados já declararam estar com a doença, Daniel Freitas (PSL-SC) e Cezinha de Madureira (PSD-SP). “Há muito espaço e precisamos dar o exemplo”, disse Maia insistindo na distância.

Os parlamentares ainda aprovaram um projeto que proíbe a exportação de produtos médicos, hospitalares e de higiene essenciais ao combate à pandemia.

Antes de encerrar a sessão, o democrata agradeceu os colegas. “Todos nós aqui temos responsabilidade, sabemos de forma bem clara qual é nosso papel, é por isso que estamos aqui hoje”, declarou. “Esperamos que o governo federal compreenda que quando nós falamos, queremos ajudar. Nossa intenção nunca é de se impor e de fazer críticas ao governo”.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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