Em vídeo, Michel Temer pede mais “ética” aos políticos e defende “Judiciário forte”

  • Por EFE
  • 29/03/2016 11h06
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Temer disse: “Se quisermos ter uma Previdência no futuro José Cruz/Agência Brasil Vice-presidente Michel Temer durante congresso do PMDB

O vice-presidente Michel Temer defendeu nesta terça-feira o direito dos cidadãos de “exigir ética na política”, o que para ele significa que a democracia no Brasil entrou em uma terceira fase, a da “eficiência”.

A mensagem de vídeo de Temer foi divulgada em Lisboa durante o primeiro dia de um seminário luso-brasileiro sobre Direito, que contaria com a presença do vice-presidente, que cancelou sua participação por causa da reunião do diretório nacional do PMDB, convocada para hoje.

O PMDB deve decidir nesta reunião se abandona o governo da presidente Dilma Rousseff, situação que acrescentaria mais incerteza ao futuro político do país.

Sem fazer referência explícita a esta crise, o vice-presidente destacou a importância de “um Poder Judiciário forte, que se preocupe e zele pelo bom comportamento da classe política”.

Em sua mensagem, Temer considerou que, desde a promulgação da Constituição em 1988, a democracia brasileira passou por três fases.

Na primeira, a parte fundamental foi “aplicar as regras do Estado liberal” ao implementar a liberdade de imprensa e de opinião, assim como o direito de reunião, entre outros.

Posteriormente foram aplicadas medidas de caráter social, que permitiram tirar “85 milhões de pessoas da extrema pobreza e incorporá-las à classe média”.

“Em julho de 2013 houve protestos no Brasil que foram criticados por muitos, mas eu os elogiei, porque marcaram a entrada nesta nova fase da democracia de eficiência. Passaram a exigir ética na política, eficiência nos serviços públicos e privados”, argumentou.

Temer ressaltou que as instituições estão trabalhando nessa “busca”, com o objetivo de responder “a esse desejo de quase todo o povo brasileiro”.

O quarto seminário em Direito luso-brasileiro, realizado em Lisboa, gerou polêmica no Brasil pela presença de vários líderes da oposição ao governo de Dilma Rousseff entre os conferencistas, como os senadores do PSDB, Aécio Neves e José Serra.

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