Embraer: união com Boeing possibilitará trabalhar oportunidades
O vice-presidente para América Latina e Caribe da Embraer, Reinaldo Krugner, afirmou neste domingo (27) que o processo de formação da joint venture, ou seja, união de duas empresas, com a norte-americana Boeing continua e que as empresas estão buscando aprovação das autoridades do setor.
“Nós estamos trabalhando de maneira separada – por força de lei, inclusive – e estamos absolutamente respeitando este processo”, afirmou Krugner, durante evento em Brasília. “Estamos aguardando. No início do ano (de 2020), em algum momento, será aprovada esta joint venture“, acrescentou e destacou que, a partir da aprovação, será possível começar a trabalhar “oportunidades conjuntas”.
O acordo entre as duas companhias, anunciado em julho de 2018, prevê a criação de uma parceria que englobará o braço de aviação comercial da Embraer. A Boeing deterá 80% da nova empresa, denominada Boeing Brasil Commercial, enquanto a Embraer terá os 20% restantes. As companhias também trabalham em uma segunda joint venture, com participação de 51% da Embraer, destinada a promover e desenvolver mercados para o avião militar KC-390.
A conclusão do acordo, no entanto, ainda dependerá do cumprimento de uma série de etapas. No início de outubro, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) foi notificado pela Embraer e pela Boeing sobre o ato de concentração pelo qual as empresas pretendem fechar a parceria estratégica nos setores de aeronaves comerciais e militares. Com a notificação, o Cade começou a analisar a operação.
Já a União Europeia abriu, também neste mês de outubro, uma investigação para avaliar o acordo da Embraer com a Boeing. A Comissão disse estar preocupada com a possibilidade de a transação reduzir a competição no mercado de aeronaves comerciais.
Durante o evento deste domingo, Reinaldo Krugner também destacou o potencial das aeronaves da nova família E2 da Embraer. O E2 já tem como clientes oito companhias aéreas: Air Astana (Casaquistão), Air Kiribati (Kiribati), Fuzhou (China), Binter (Espanha), Helvetic (Suíça), Air Peace (Nigéria), Wideroe (Noruega) e Azul (Brasil). De acordo com Krugner, a fabricante de aeronaves também negocia com outras companhias.
* Com informações do Estadão Conteúdo.
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