Emergência pode evoluir para estado de calamidade em SP, diz Covas

  • Por Jovem Pan
  • 25/05/2018 14h49 - Atualizado em 25/05/2018 14h59
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CHARLES SHOLL/RAW IMAGE/ESTADÃO CONTEÚDO Covas pediu para que o paulistano não coloque o lixo na rua nesta sexta e disse que o serviço funerário pode ser suspenso

O prefeito de São Paulo Bruno Covas informou a Jovem Pan que estabeleceu um gabinete de crise para lidar com a crise do abastecimento na capital paulista devido à greve dos caminhoneiros.

Covas decretou estado de emergência em São Paulo, mas disse que “pode evoluir para estado de calamidade”. A medida já em vigor permite até à Prefeitura “avocar bens privados para responder essa necessidade, diminuindo os impactos especialmente da população mais carente”.

Apenas entre os problemas citados pelo prefeito na entrevista, estão a coleta de lixo, que está prejudicada. Covas pediu para que o paulistano não coloque o lixo na rua nesta sexta-feira (25) porque já foi informado que o serviço de caminhões de coleta não será normalizado ainda hoje.

Neste momento, diz o prefeito, “a situação mais prejudicada é a dos ônibus”. Segundo Covas, apenas 40% da frota de ônibus municipais circulam na cidade. Mais cedo, também em entrevista à Jovem Pan, o secretário de Governo da Prefeitura, Júlio Semeghini, explicou que as áreas mais afetadas são do extremo sul do País, como Parelheiros e Grajaú.

“Algumas áreas têm operação ainda menor que os 40% e essa é a nossa prioridade: conseguir combustível ainda hoje para (a coleta de) lixo e para os ônibus”, disse Covas. A orientação é de que ônibus guardem combustível para o horário de pico da tarde desta sexta.

Semeghini informou que São Paulo tem alimentos “até segunda-feira totalmente normalizado” para as escolas municipais. A partir de segunda, no entanto, a Prefeitura cogita “fazer um ajuste no cardápio” das crianças.

Serviço funerário

Segundo o prefeito, o serviço funerário de São Paulo também podem ser suspenso caso o abastecimento não seja restabelecido. “Estamos buscando o combustível para poder voltar a coleta e não suspender serviços que só têm 24 horas de combustível, como o serviço funerário”, afirmou Covas.

O prefeito também solicitou ao governador Márcio França e foi autorizado a trabalhar em comparação com a Polícia Militar para “tentar normalizar pelo menos a coleta de lixo até amanhã (sábado, 26)”. Covas também disse que obteve liminar judicial para o uso das forças policiais.

O rodízio está suspenso nesta sexta (25) na capital paulista. Covas quer definir até as 18h para informar a população quais medidas serão adotadas para a próxima segunda-feira (28).

O prefeito cogita “decretar feriado na cidade de São Paulo para que a gente tenha a menor utilização desses serviços”.

Covas tenta buscar combustíveis de fontes alternativas de combustível, mas prefere não revelar as fontes.

“Estamos com três operações discutindo com várias empresas”, disse o prefeito. “Estamos lidando com um movimento grevista que está fazendo piquete. Se eu comentar da onde nós estamos conseguindo combustível vamos dificultar a obtenção dele”, ponderou.

Mais cedo, no entanto, o secretário Semeghini disse que a Prefeitura buscava acesso a diesel reservado para os transporte e coleta de lixo nas cidades de Paulínia (600 mil litros), no interior próximo de São Paulo, e na região de Mauá (180 mil litros), no grande ABC.

Ouça as entrevistas de Covas e Semghini à Jovem Pan:

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