Emissões de carbono no Brasil disparam após incêndios no Pantanal e Amazônia
Análise revela que, entre junho e agosto, incêndios na Amazônia emitiram 31,5 megatoneladas de CO2, um aumento de 60% em relação ao mesmo período do ano anterior
Os incêndios florestais que devastam o Pantanal e a Amazônia em 2024 estão gerando um aumento alarmante nas emissões de carbono do Brasil. Até o dia 19 de setembro, as queimadas já resultaram em 183 megatoneladas de carbono, superando a média histórica anual de 161,6 megatoneladas. Em 2023, o total de emissões devido a incêndios foi de cerca de 152,8 megatoneladas. De acordo com dados do Copernicus, as emissões deste ano podem se aproximar do recorde de 2007, quando foram contabilizadas 362 megatoneladas. Somente em setembro de 2024, as emissões atingiram 65 megatoneladas, o que representa mais de 35% do total anual. As regiões mais afetadas são o Amazonas e Mato Grosso do Sul, com emissões anuais estimadas em 28 e 15 megatoneladas, respectivamente.
As condições climáticas no Brasil, especialmente no norte e centro do país, estão severamente alteradas, com temperaturas que superam em até 3°C a média registrada entre 1991 e 2020. Além disso, a umidade do solo está em níveis críticos, o que tem contribuído para o aumento das queimadas e seus efeitos na qualidade do ar, impactando áreas distantes dos focos de incêndio. Uma análise do Ipam revela que, entre junho e agosto, os incêndios na Amazônia emitiram 31,5 megatoneladas de CO2 equivalente, um aumento de 60% em relação ao mesmo período do ano anterior. Mesmo após o controle das chamas, as emissões continuarão devido à decomposição da vegetação queimada, com previsões de 2 a 4 megatoneladas de CO2 equivalente liberadas nos próximos 5 a 10 anos. A degradação das florestas, provocada pelo fogo, torna essas áreas mais vulneráveis a novos incêndios, criando um ciclo contínuo de destruição e emissões.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Marcelo Seoane
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