Empreiteiro preso vai comprometer Lula em delação na Lava Jato, diz revista

  • Por Jovem Pan
  • 25/07/2015 09h59
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Montagens sobre fotos/ Folhapress José Aldemário Pinheiro Filho

Ex-presidente da Construtora OAS promete revelar relação de Lula com o petrolão, diz reportagem da revista Veja deste sábado (25). Segundo a revista, o ex-executivo Léo Pinheiro, investigado na operação Lava Jato, era muito mais do que um amigo do ex-presidente da República.

A reportagem mostra que o ex-executivo, hoje em prisão domiciliar, é um confidente do petista, socorrendo familiares e aliados dele em crise. De acordo com a publicação, Léo Pinheiro prometeu fornecer provas de que Lula patrocinou o esquema de corrupção na Petrobras.

As informações do empresário comprovariam o que contou Alberto Yousseff em delação premiada no ano passado, revelado às vésperas da eleição. Na ocasião, Veja informou que o doleiro disse aos procuradores que tanto Lula quanto a presidente Dilma sabiam das irregularidades na petroleira.

Acuado e com medo de ser condenado, o ex-presidente da construtora OAS prometeu informações valiosas ao Ministério Público Federal. Léo Pinheiro deverá dar detalhes de como a empresa custeou despesas da família do petista.

Entre os alvos do ex-executivo está Fábio Luís da Silva, filho do ex-presidente. Pinheiro deverá contar como Fábio, mais conhecido por Lulinha, enriqueceu atuando sob a influência da construtora.

Segundo a Veja, a OAS agiu várias vezes para evitar constrangimentos envolvendo o ex-presidente Lula, a quem Léo Pinheiro chavama de “chefe”.

Num dos casos mais emblemáticos, a OAS conseguiu calar Rosemary Noronha, ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo. Acusada de tráfico de influência no cargo, Rosemary foi demitida e ameaçou delatar Lula, o que só não ocorreu por ação da construtora.

Léo Pinheiro deverá dizer ainda que uma cobertura triplex no Guarujá pode ser considerada uma doação da OAS à família do petista.

De acordo com Veja, mesmo após deixar o Palácio do Planalto, Lula e Léo Pinheiro continuaram ligados. Foi nesse período já fora do poder que então presidente da OAS cunhou para Lula o codinome “Brahma”.

A edição de Veja deste final de semana revela ainda a simbiótica relação do Instituto Lula e a Odebrecht. Investigações da Polícia Federal revelaram como a empreiteira e entidade que leva o nome do petista combinaram respostas a questionamentos da revista.

Aos procuradores da Lava Jato, o executivo prometeu ainda entregar os nomes de todos os políticos que receberam dinheiro do petrolão via OAS.

À revista, um interlocutor de Léo Pinheiro teria dito ser impossível não prender Lula depois que o executivo falar.

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