Empresário diz que propinas já eram pagas quando assumiu gerência da Camargo Corrêa
O empresário Dalton dos Santos Avancini, diretor-presidente da construtora Camargo Corrêa, disse à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras que foi informado da existência de pagamento de propina a diretores da Petrobras em 2008 ou 2009, quando assumiu a gerência do setor de óleo e gás da empresa.
“Quando assumi o cargo, fui informado por meu antecessor, Leonel Viana, que já havia um apoio partidário dentro das diretorias de Abastecimento e de Serviços da Petrobras e era um compromisso da empresa fazer esses pagamentos”, disse.
Segundo ele, o “apoio partidário” dentro dessas diretorias era relativo ao PP (no caso da Diretoria de Abastecimento, ocupada por Paulo Roberto Costa) e ao PT (no caso da Diretoria de Serviços, ocupada por Renato Duque).
Avancini disse ainda que o valor da propina era incluído pela Camargo Corrêa dentro do orçamento das obras – contratos relativos às refinarias Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP), e Presidente Vargas (Repar), em Araucária (PR).
“A propina pode ser caracterizada como superfaturamento, porque já havia a previsão de pagamento desses valores dentro do orçamento da obra”, disse.
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