Empresário fica em silêncio durante depoimento na CPI da Petrobras em Curitiba

  • Por Agência Câmara Notícias
  • 11/05/2015 14h53
CURITIBA, PR, 11.05.2015: CPI-PETROBRAS - Mario Frederico Mendonça Goes aguarda para depor - CPI da Petrobras ouve o doleiro Alberto Youssef, na sede da Justiça Federal em Curitiba (PR), nesta segunda-feira (11). (Foto: Gisele Pimenta/Frame/Folhapress) Folhapress Mário Frederico Mendonça Góes

O empresário Mário Góes, preso em Curitiba acusado de envolvimento em desvios de dinheiro da Petrobras, usou o direito de permanecer calado e se recusa a responder perguntas dos membros da CPI da Petrobras. “Vou ficar em silêncio”, disse o empresário no início do interrogatório. Góes se mostra abatido e apresenta dificuldades de locomoção.

Mário Góes é acusado de ser operador do esquema e de intermediar o pagamento de propina por empresas contratadas pela Petrobras. Ele foi mencionado nos depoimentos do ex-gerente de Tecnologia Pedro Barusco. 

De acordo com o ex-gerente, Góes atuou como operador financeiro em nome de várias empresas contratadas pela Petrobras.

Góes nega qualquer envolvimento no caso. Ele é sócio da empresa Arxo, de construção de tanques de combustíveis. A empresa é suspeita de envolvimento em um esquema de pagamento de propina investigado pela Operação Lava Jato. Segundo a Polícia Federal, a companhia tem negócios com a BR Distribuidora.

Conforme as alegações do Ministério Público Federal, Góes operava o pagamento de propinas provenientes de contratos firmados pela Petrobras. Ele é suspeito de entregar a Barusco mochilas com grande valores de propina em espécie, que variavam entre R$ 300 mil e R$ 400 mil. 

“O senhor se recusa a falar, mas vai ouvir as nossas perguntas e as suspeitas que pesam contra o senhor. E espero que seja levado a contribuir para esclarecer esse prejuízo à Petrobras”, disse o deputado Júlio Delgado (PSB-MG).

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