Empresário preso em operação da PF financiou ônibus para atos do 8 de Janeiro e deixou digital no Congresso

Wagner Freire Ferreira Filho pagou R$ 24 mil pelo serviço; policial militar em Rondônia também foi alvo da Operação Lesa Pátria 

  • Por da Redação
  • 08/01/2024 12h42
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Evaristo Sa/AFP - 08/01/2023 Manifestantes entram em confronto com a polícia durante uma manifestação do lado de fora do Palácio do Planalto, em Brasília Manifestantes entram em confronto com a polícia durante uma manifestação do lado de fora do Palácio do Planalto, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023

A Polícia Federal (PF) deflagou nesta segunda-feira, 8, a 23ª fase da Operação Lesa Pátria, que resultou na prisão de um homem suspeito de contratar ônibus para levar extremistas aos atos de 8 de Janeiro de 2023. Wagner Freire Ferreira Filho teria pago R$ 24 mil pelo serviço, segundo as investigações. Suas digitais foram encontradas pelos agentes em um dos vidros do Salão Negro, no Senado. Ele foi preso nesta manhã em Salvador, Bahia. A Operação Lesa Pátria tem como objetivo identificar pessoas que financiaram e fomentaram a invasão ocorrida nas sedes dos Três Poderes. Os polícias também cumpriram outros mandados de buscas em outras regiões do Brasil.  Um policial militar em Rondônia também foi alvo da operação. Em endereços ligados a ele na cidade de Cerejeiras, a PF apreendeu sete armas, todas registradas, uma espingarda de ar comprimido, 392 munições e duas caixas de pólvora com 1 kg cada, além de um celular. A identidade do PM não foi divulgada. No Rio Grande do Sul, os policiais cumpriram 13 mandados de busca e prenderam em flagrante um homem por porte ilegal de arma. O modelo da arma encontrada e a identidade do preso não foram revelados.

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Na 23ª fase da Operação Lesa Pátria, foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) 47 mandados judiciais, sendo 46 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva, nos estados do Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Paraná, Rondônia, São Paulo, Tocantins, Santa Catarina e no Distrito Federal. Segundo a PF, foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. Estima-se que os danos causados ao patrimônio público em 8 de Janeiro do ano passado possam chegar a R$ 40 milhões. Os crimes investigados incluem abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido. As investigações continuam em andamento e a Operação Lesa Pátria é permanente, com atualizações periódicas sobre o número de mandados judiciais expedidos e pessoas capturadas. A última ação ocorreu em novembro de 2023, com 25 mandados de busca e apreensão e três de prisão preventiva, também expedidos pelo STF, nos estados de Santa Catarina e Minas Gerais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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