Empresas de Lula aparecem em autos da Lava Jato; Instituto nega irregularidades
O jornal O Estado de S. Paulo publicou reportagem nesta terça (09) revelando que o Instituto Lula e a empresa de palestras do ex-presidente (LILS) receberam R$ 4,5 milhões entre 2011 e 2013 da Camargo Corrêa, empreiteira investigada na Operação Lava Jato. Lula, porém, não é investigado pela Polícia Federal neste caso que investiga desvios na Petrobras.
As doações foram nomeadas como “doações e contribuições” e “bônus eleitoral” nos documentos revelados pela PF nos laudos anexos da investigação da Lava Jato.
Entre 2008 e 2013, a Camargo Corrêa recebeu R$ 2 bilhões da Petrobras e fez doações de R$ 183 milhões em “doações de cunho político”, para candidatos e partidos tanto da situação quanto da oposição, informa o jornal.
O Instituto Lula divulgou nota pública respondendo a perguntas de O Estado sobre a citação nos autos.
“Os valores citados no seu contato foram doados para o Instituto Lula para a manutenção e desenvolvimento de atividades institucionais, conforme objeto social do seu estatuto, que estabelece, entre outras finalidades, o estudo e compartilhamento de políticas públicas dedicadas à erradicação da pobreza e da fome no mundo”, disse o instituto.
Sobre três pagamentos feitos à LILS, cujo endereço declarado é a propria casa de Lula, o instituto alega que eles se referem a “quatro palestras feitas pelo ex-presidente, todas elas eventos públicos e com seus respectivos contratos”.
Sobre a classificação de “bônus eleitoral”, o instituto chama de “equívoco”, já que “o Instituto Lula não prestou nenhum serviço eleitoral, tampouco emite bônus eleitorais, o que é uma prerrogativa de partidos políticos”, garante.
A empresa de Lula afirma ainda que “essas doações e pagamentos foram devidamente contabilizados, declarados e recolhidos os impostos devidos” e que “as doações ao Instituto Lula e as palestras do ex-presidente não têm nenhuma relação com contratos da Petrobrás.”
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