Enchentes no Acre deixam 11 mil pessoas sem residência e 17 cidades em estado de emergência
Rio que leva o nome do Estado transbordou devido às fortes chuvas que atingem a região; territórios indígenas também foram afetados
O nível do Rio Acre na capital Rio Branco transbordou e chegou a 16,20 metros nesta terça-feira, 27. O governo federal decretou situação de emergência em edição extra do Diário Oficial da União na noite de segunda-feira, 26. Dos 22 municípios do Estado, 17 foram afetados pela cheia do Rio Acre. De acordo com a Defesa Civil, mais de 11 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas. Além disso, mais de 7 mil produtores rurais tiveram suas plantações afetadas por conta da enchente e mais de 23 comunidades indígenas no interior do Estado foram atingidas. Por conta do alto volume de chuvas que atinge a região, esta pode se tornar uma cheia em histórica. O município de Brasileia, que está entre os mais atingidos, se encontra isolado via terrestre. Em imagens veiculadas pelas redes sociais, é possível ver casas inundadas até o teto e carros presos na correnteza. Canoas estão sendo utilizadas pela população para auxiliar na retirada de móveis e mantimentos das residências afetadas.
Roseana Rocha Oliveira, de 41 anos, é técnica de laboratório e possui uma ação social em Rio Branco para auxiliar pessoas atingidas pelo fenômeno. “Tento alojar quantas pessoas eu puder na minha casa, oferecendo a elas todo suporte necessário, como alimentaçaõ e saúde”, disse. Por meio do projeto social que participal ela já atendeu mais de 20 bairros atingidos pelas cheias do Rio Acre. “Assistimos as famílias que não conseguem sair e ficam ilhadas em casa. Distribuímos refeições prontas e água potável 3 vezes ao dia. Nossa rede ação social conta com mais de 300 membros”, afirmou Roseana. Ela, que também já teve sua residência inundada pelas cheias do rio, vê na ação social uma maneira de auxiliar aqueles que preicsam. O município de Jordão, que também está entre os mais atingidos, tem cerca de 80% da sua população atingida pelo alto volume de chuvas. Outras cidades afetadas são: Tarauacá, Mâncio Lima, Porto Walter, Cruzeiro do Sul, Feijó, Sena Madureira, Porto Acre, Plácido de Castro, Capixaba, Xapuri, Epitaciolândia, Assis Brasil, Santa Rosa do Purus e Marechal Thaumaturgo. Pelas redes sociais, internautas compartilharam a situação difícil que o Estado vive. Confira:
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La ciudad brasileña de Brasiléia, sur de Acre y en la divisa con Bolivia, vive su 2da peor inundación de la historia. Más de 3 mil personas tuvieron que dejar sus casas. Esta mañana el Río Acre marcó en esta ciudad 14,88 metros, más de 3 metros por sobre la cuota de transbordo.… pic.twitter.com/deUeiGXBVK
— André Vieira (@AndreteleSUR) February 27, 2024
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