Engenheiro da TÜV SÜD fica em silêncio em CPI que apura tragédia de Brumadinho
Namba assinou junto a Yassuda laudo que atestava estabilidade de barragem que rompeu
Durante CPI na Assembleia Legislativa de Minas Gerais nesta quinta-feira (02), o engenheiro da TÜV SÜD, Makoto Namba, preferiu ficar em silêncio. A comissão apura as responsabilidades pelo desastre do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho.
Por orientação de seu advogado, Namba não respondeu as mais de 50 perguntas que os deputados mineiros fizeram.
O engenheiro André Jum Yassuda também está na ALMG para depor. Ambos os profissionais assinaram, em setembro do ano passado, laudo que atestava a estabilidade da barragem da Mina do Córrego do Feijão.
Namba e Yassuda são da empresa alemã contratada pela Vale para a realização de auditorias nas áreas de barragens.
À Polícia, Mokoto Namba chegou a afirmar que se sentiu pressionado pela mineradora a assinar o documento mesmo com a detecção de problemas. A Vale, por sua vez, nega a acusação.
Os engenheiros chegaram a ser presos no inquérito que apura a tragédia, mas foram soltos em fevereiro pelo Superior Tribunal de Justiça.
Eles também já foram chamados para depor na CPI no Senado, que também apura a tragédia. Makoto e Namba também ficaram calados na comissão em 3 de abril na Casa, pois conseguiram um habeas corpus no STF garantindo seu direito a ficar em silêncio.
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