“Era uma tragédia anunciada”, diz dono de hotel vizinho sobre incêndio no centro de SP

  • Por Jovem Pan
  • 01/05/2018 12h19 - Atualizado em 01/05/2018 12h27
AMANDA PEROBELLI/ESTADÃO CONTEÚDO Um prédio de 24 andares que já foi sede da Polícia Federal desabou durante incêndio de grandes proporções no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo, na madrugada desta terça-feira, 1º

O dono de um hotel vizinho ao prédio que pegou fogo e desabou no centro de São Paulo nesta terça-feira (1º) atribui a tragédia às condições precárias em que os moradores sem-teto viviam.

“Isso era uma tragédia anunciada. Fatalmente iria acontecer. Um prédio invadido há tanto tempo sem a menor condição de ter moradores no prédio comercial. É uma lástima”, disse César Hubaika, dono do Hotel São Jorge, que fica bem atrás do edifício que caiu, em frente ao Largo do Paissandu.

Em participação recente no programa Ligado na Cidade, Hubaika já havia relatado que uma inundação no subsolo do prédio que estava ocupado fez proliferar insetos e pernilongos que chegavam a atrapalhar a sua hospedagem.

“Era bujão de gás, instalações inadequadas, instalação elétrica irregular, o esgoto que corria pela fachada”, descreveu César.

“O prédio caiu por conta dos moradores que estavam lá sem condições de estar lá. Agora, é lamentável a perda de vidas”, disse. Até 12h, havia ao menos quatro pessoas desaparecidas.

Ele diz que alguns hóspedes deixaram o local após o incêndio na madrugada, mas outros permanecem no estabelecimento. O dono do Hotel São Jorge pede para que a Defesa Civil permita o funcionamento se sua hospedagem.

“A gente vai limpar a casa, tentar arrumar da melhor forma possível e aguardar que a Defesa Civil compreenda também que a gente tem um negócio, um estabelecimento comercial, contas a pagar, e permita que nossos clientes retornem ao hotel”, afirmou.

Ouça a entrevista com o dono do hotel:

Relembre a participação do Ligado na Cidade no Hotel São Jorge em 5 de fevereiro:

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