Ernesto Araújo elogia chancelarias da extrema direita e diz querer desburocratizar embaixadas
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O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que vai trabalhar pela desburocratização das embaixadas brasileiras em outros países. A ideia do novo chanceler, cuja cerimônia de posse aconteceu nesta quarta-feira (2), é transformar esses órgãos em escritórios de negócios, como forma de estimular o comércio do País no estrangeiro.
Em discurso, Araújo comemorou o fato de a pasta que ele assumiu ter mantido sob seu guarda-chuva a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex). Ele apontou ainda que vai estar junto com o setor produtivo nacional, apoiando o agronegócio. “O Itamaraty terá a partir de agora o perfil que jamais teve”, afirmou.
Elogios
Ao receber o cargo, o novo ministro elogiou a política externa dos Estados Unidos, de Israel e de países governados pela extrema direita, como Itália, Hungria e Polônia. Ao defender diplomacia preocupada com questões nacionais e contra o “globalismo”, Araújo disse admirar o “exemplo de Israel, que nunca deixou de ser nação mesmo quando não tinha solo”.
Daí adiante, citou os EUA, do presidente Donald Trump, e os países latino-americanos que, segundo ele, se “livraram do Foro de São Paulo”. O novo chanceler disse também admirar a “luta do povo venezuelano contra a tirania de [Nicolás] Maduro“, alvo de críticas de todo o novo governo. “Nós admiramos aqueles (países) que se afirmam”, comentou.
Mesmo sem citar nominalmente chanceleres anteriores a ele, Araújo disse que se arrisca a dizer que a “diplomacia brasileira estava fora de si mesma”, nesta tarde. “O Itamaraty não pode achar que pode ser melhor que o Brasil. Estou certo de [que vou] fazer o Itamaraty [ser] mais fiel a si mesmo e ao Brasil“, afirmou.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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