Escolas de SP vão reabrir em setembro com 35% da capacidade
O secretário da Educação, Rossieli Soares, participou virtualmente da coletiva
O Governo do Estado de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (24) que o retorno das escolas estaduais deve acontecer no dia 8 de setembro e terá rodízio dos alunos. A proposta ainda prevê a alternância das aulas presenciais e virtuais. O secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, se recupera da covid-19 em casa e participou virtualmente da entrevista coletiva da divulgação do calendário.
De acordo com o governo, as escolas vão poder reabrir quando o município for classificado na Fase 3 – Amarela do Plano São Paulo. Durante a quarentena, as aulas das escolas estaduais estão sendo transmitidas pelo aplicativo Centro de Mídias SP e dos canais digitais 2.2 TV Univesp e 2.3 – TV Educação.
Na chamada Etapa 1, as escolas vão funcionar com apenas 35% da capacidade física da unidade escolar. Os critérios para que a retomada aconteça realmente na data estimada, em setembro, são que todas as regiões de Saúde estejam a pelo menos 28 dias na Fase 3 – Amarela do Plano SP.
Na Etapa 2, esse número sobe para 70% — para o avanço, 60% das DRS devem estar a 14 dias na Fase 4 – Verde. Na Etapa 3, será preciso que pelo menos 80% das DRS estejam na Fase 4 – Verde. Assim, 100% dos alunos já retomam para a normalidade.
Protocolos
Os protocolos de retomada foram separados em Distanciamento Social, Higiene Pessoal, Sanitização de Ambientes, Comunicação e Monitoramento. O retorno deve contar com acolhimento socioemocional, recuperação e aprofundamento da aprendizagem e prevenção do abandono e evasão escolar.
Distanciamento Social: distância de 1,5 metros na sala de aula, exceto para ensino infantil; organização de horário para entrada e saída, para evitar aglomeração; feiras, palestras, seminários, competições, campeonatos esportivos, comemorações e assembleias estão proibidas; intervalos e recreios devem ser feitos com revezamento de turma e em horários alternados.
Higiene Pessoal: higienização frequente com álcool 70%; disponibilização de EPIs para funcionários; máscara obrigatória dentro da instituição, no transporte escolar e no percurso até em casa ou até a instituição; fornecimento de água potável individualizada, com cada um com o próprio copo.
Sanitização de Ambientes: higienização de banheiros e lavatórios antes da abertura diária e a cada 3 horas; lixo deve ser removido três vezes ao dia; deve ser feita higienização dos prédios, salas, grades, mesas a cada turno e sempre que necessário; ambientes devem estar sempre bem ventilados, com janelas e portas abertas.
Comunicação: o calendário deve ser comunicado aos familiares e estudantes com, pelo menos, 7 dias de antecedência; priorização do atendimento ao público por telefone, aplicativo ou online; disponibilização de material com explicações de fácil entendimento sobre prevenção da covid-19.
Monitoramento: pessoas sintomáticas não serão permitidas nas instituições; pais e responsáveis devem aferir a temperatura dos alunos, ato que será repetido na porta das escolas; profissionais e alunos do grupo de risco devem ficar em casa e realizar atividades remotas; uma sala ou espaço deve ser reservado para isolar eventuais possíveis casos.
As regras foram construídas em conjunto com a Secretaria de Educação, do Desenvolvimento Regional e da Saúde, com o Conselho Estadual de Educação, a UNDIME e a Prefeitura de São Paulo. Os protocolos também tiveram apoio da USP, Unicamp, Unesp, Univesp, Abepar, Siesp, representantes de universidades particulares e da educação complementar.
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