Esposa e filhas de Fabrício Queiroz vão faltar a depoimento no MP do Rio
A esposa e as filhas de Fabrício Queiroz não comparecerão ao depoimento marcado pelo Ministério Público para esta terça-feira (8), no Rio de Janeiro. Queiroz foi assessor do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), agora senador eleito, e é investigado por “movimentações atípicas” de cerca de R$ 1,2 milhão em conta bancária.
A defesa da esposa, Marcia Aguiar, e das filhas, Nathalia e Evelyn Queiroz, alegou que elas estão em São Paulo para acompanhar o pós-operatório e o início do tratamento de quimioterapia do ex-assessor, internado no Hospital Albert Einstein. Ele, que também faltou a depoimentos anteriores, está com câncer.
O Ministério Público, por meio de assessores de imprensa, informou que ainda não foi notificado oficialmente sobre a ausência. As investigações contra o policial militar começaram com um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), no âmbito da Operação Furna da Onça, que apurou corrupção no Legislativo do Rio.
Investigações
O ex-funcionário do filho do presidente Jair Bolsonaro foi apontado num relatório do Coaf por ter feito movimentações atípicas em conta bancária. O então assessor moveu R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e o mesmo mês de 2017. Da mesma conta, saíram R$ 24 mil depositados em uma conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Além de Fabrício, também foram citadas no relatório do Coaf as filhas Nathalia e Evelyn. As duas já atuaram no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa fluminense.
Nathalia é citada em dois trechos do relatório. O documento não deixa claro os valores individuais das transferências entre ela e seu pai, mas mostra um valor total de R$ 84 mil. Ela foi contratada para trabalhar como secretária parlamentar, com salário de R$ 10.088,42, e exonerada em 15 de outubro, junto com o pai.
Já a esposa de Queiroz, Marcia Oliveira Aguiar, outra contratada do gabinete, foi chamada para depor por também ter sido citada no relatório do Conselho, hoje subordinado ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.
Justificativas
Na única aparição pública desde que o caso foi revelado, em entrevista ao SBT, Queiroz justificou que “fazia dinheiro” com a compra e revenda de carros. O advogado do ex-assessor, Paulo Klein, disse que vai juntar os documentos que comprovam as suas argumentações na investigação do MP, “campo adequado para apuração dos fatos”.
“Assim que o Fabrício for liberado pelos médicos, vou me reunir com ele e bater ponto a ponto as questões e ver a documentação relacionada. Por ora o foco total e na saúde dele e na recuperação”, afirmou o advogado.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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