Esquerda do PT teme ‘ruptura’ interna
Fernando Haddad esteve ao lado de Lula para homologar sua campanha para a prefeitura de SP
Fernando Haddad esteve ao lado de Lula para homologar sua campanha - AG PTAs correntes de esquerda do PT aproveitaram a reunião da Executiva Nacional do partido, ocorrida na última quinta-feira, 4, em São Paulo, para abrir o debate interno sobre como a legenda deve se posicionar em um governo Michel Temer depois de uma eventual aprovação do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. A Mensagem, segunda maior força do PT, fala em risco de “ruptura da unidade” partidária.
O foco da Executiva foi a preparação para as eleições municipais – Dilma ficou em segundo plano, mas a esquerda petista fez circular dois textos que devem pautar a próxima reunião partidária. Em um deles, Carlos Árabe, secretário nacional de Formação, e Liliane Oliveira, integrante da Mensagem, disseram que a aproximação de petistas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) – um “golpista”, segundo eles -, pode levar a uma ruptura no partido.
“(Existe) Risco de ruptura da unidade a partir da aceitação de negociações, arranjos ou apoio a lideranças políticas que promoveram o golpe. É (algo) completamente contraditório com o movimento ‘Fora, Temer’ as posições que defenderam ao apoiar a candidatura de Rodrigo Maia. Mergulhar numa dinâmica de negociações com o governo Temer ou sua base política significaria enterrar definitivamente a luta pela sua derrubada”.
Lula
O alvo do posicionamento é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que defendeu apoio à Maia. A esquerda petista não engoliu o fato de o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, próximo a Lula, ter se reunido com o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
Outro texto, assinado por um grupo de cinco correntes, entre elas a Mensagem, é autodenominado “Muda, PT!”.
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