“Essa intolerância não pode continuar no nosso País”, diz deputado agredido com cartaz no rosto

  • Por Jovem Pan
  • 14/05/2016 10h46
Divulgação/Facebook Pauderney Avelino presta queixa à Polícia Federal após

O deputado federal Pauderney Avelino (DEM-AM) foi agredido com um cartaz esfregado no rosto ao desembarcar no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus. Ele prestou depoimento à Polícia Federal e prestou queixa-crime pedindo investigação contra o militante que participava de ato que criticava a posição pró-impeachment do parlamentar. O deputado disse que a PF já apurava o ocorrido antes da denúncia e que “algumas pessoas já foram identificadas, inclusive”. Em entrevista exclusiva à Jovem Pan neste sábado (14), Pauderney Avelino deu sua versão da agressão e disse: “não vão me calar, não vão me intimidar”.

“Esse tipo de coisa, essa intolerância não pode continuar no nosso País”, prega Avelino. Ele acusa de promover a intolerância “uma militância paga tanto do PCdoB, quanto do PT” e avalia que “isso (atos como o da agressão) pode suscitar sim (mais ações desse tipo)”.

O deputado disse que recebeu mensagens de apoio de vários lugares do Brasil e do mundo, “até da Finlândia”. Ele acusa o ato de ser premeditado. “Eles filmaram (o protesto e a agressão), editaram e eles próprios divulgaram nas redes sociais. Eu acho que nesse caso o tiro saiu pela culatra”, entende.

Narrativa

Confira a versão de Pauderney Avelino para o que aconteceu no aeroporto de Manaus.

“Quando entrei no avião em Brasília, um grupo de pessoas que identifiquei como de etnia indígena, majoritariamente mulheres, entrou no avião também”. “Eles tinham vindo da manifestação pró-Dilma que tinha sido convocada para sua saída do Planalto”.

“Ao desembarcar em Manaus, essas pessoas me alcançaram ainda no hall interno do aeroporto, no sagão onde se pega a bagagem, começaram a dizer que meu voto era errado, porque eu tinha votado contra o Brasil, e começaram a me chamar de golpistas e eu tentei ainda explicar pra elas o meu voto”.

Ele diz que, quando viu que era uma “agressão deliberada e programada” – “até cinegrafista profissional tinha” – interrompeu a suposta tentativa de diálogo.

“Saí, não dei trela, fui andando. E quando abre a porta para o saguão externo do aeroporto, havia um outro grupo que se juntou a esse e aí é o que vocês estão vendo, não só hostilizado mas agredido de surpresa eu fui”.

“Tentei ainda uma reação, quando funcionários do aeroporto ficaram ao meu lado e também populares, que o vídeo também não mostra, começaram a me aplaudir e gritar meu nome”.

“Esse grupo enfurecido, gritando palavras contra mim de todas as formas, me acompanhou até o carro onde está meu motorista”.

“ssas pessoas foram pagas tanto para fazer a militância durante o processo de impeachment, quanto pela saída dela no dia do Palácio do Planalto”

“Essas outras foram acionadas exatamente de dentro do avião, porque eles não iam saber que eu estava voltando naquele dia, para estarem no aeroporto me aguardando”.

Pauderney afirma que abriu um inquérito criminal da Polícia Federal “para que esse tipo de coisa não possa ficar simplesmente rodando o mundo, ou eles achando que com isso vão tentar calar a voz de pessoas que querem de volta a normalidade do nosso País. Não vão me calar, não vão me intimidar. A mim não intimida e a outros também vão intimidar”.

“A Polícia Federal já tinha tomado conhecimento do fato, já tinha requisitado as imagens do aeroporto à Infraero”. “Algumas pessoas já foram identificadas, inclusive”.

“Esse tipo de coisa, essa intolerância não pode continuar no nosso País”.

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