Estado fecha mais um parque e vacina Osasco e cidades do Alto Tietê contra febre amarela

ANTÔNIO CÍCERO/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Paulistanos descansam no Parque Ecológico do Tietê no feriado passado. Agora são 19 cidades nos arredores de São Paulo e Osasco que deverão ser vacinadas preventivamente segundo nova ordem do governo Estadual

A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo fechou a partir desta sexta-feira (10) o Parque Ecológico do Tietê em mais uma medida de prevenção contra a febre amarela. Além disso, a pasta vai começar campanhas de vacinação contra a doença nas cidades das regiões de Osasco e do Alto Tietê ainda neste mês. As medidas foram anunciadas pelo titular da secretaria, David Uip, em entrevista coletiva.

A interdição do local ocorre depois que um macaco oriundo de Cajamar foi eletrocutado nessa cidade e levado ao centro de recuperação de animais silvestres do parque Ecológico. Amostras analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz deram positivo para febre amarela. O Estado diz que ainda não é possível determinar o local onde o animal foi infectado.

Com isso, funcionários do parque estão sendo vacinados e moradores dos bairros Jardim Piratininga e Jardim São Francisco também devem ser imunizados.

A Secretaria vai começar campanhas de vacinação em bairros de dez cidades da região do Alto Tietê e sete da região de Osasco. De acordo com a secretaria, a imunização será realizada em bairros desses municípios próximos a áreas de mata e corredores ecológicos. A orientação sobre os endereços de postos de aplicação do medicamento vai ficar a cargo de cada prefeitura.

Na região de Osasco a campanha vai ocorrer em bairros das cidades de Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Santana de Parnaíba, Barueri, Carapicuíba, Cotia, Embu das Artes, Embu Guaçu, Itapecerica da Serra, São Lourenço da Serra e Taboão da Serra.

Já os municípios do Alto Tietê, a imunização vai se realizar em Arujá, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Santa Isabel, Ferraz de Vasconcelos e Suzano.

A diretora de vigilância epidemiológica, Regiane de Paula, afirma que a vacinação nessas cidades não ocorre necessariamente por causa do aparecimento de novos casos suspeitos da doença. “Eu estou vacinando porque eu tenho corredores ecológicos, nós estamos acompanhando a circulação do vírus através dos vetores. Independentemente de eu ter macacos positivos ou não, nós fazemos uma vacinação cautelar”, diz.

Nos próximos dias, o estado de São Paulo vai receber do Ministério da Saúde 2,8 milhões de doses da vacina.

O secretário David Uip diz que trabalha com a possibilidade de que todo o estado seja vacinado a partir do início do ano que vem, usando uma doses fracionadas, capazes de garantir imunidade por pelo menos nove anos. Essa estratégia deve ser definida numa reunião com o Ministério da Saúde na semana que vem.

Além disso, o governo diz que pretende reabrir os parques do Horto Florestal e da Cantareira em janeiro. Mesmo com a reabertura dos espaços, a Secretaria da Saúde vai recomendar que as pessoas só frequentem os parques se estiverem vacinadas contra a febre amarela ou que usem repelentes antes de entrar nos locais.

Neste ano, houve 23 casos silvestres de febre amarela com 10 mortes em seres humanos no Estado de São Paulo – nenhum caso na capital paulista ou região metropolitana.

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