‘Estamos todos unidos no ninho tucano’, afirma novo presidente do PSDB de São Paulo
Eleições para o diretório ocorrem no domingo, mas Marco Vinholi é candidato único
O novo presidente do PSDB de São Paulo, o ex-deputado estadual Marco Vinholi, afirmou neste sábado (4) em entrevista à Jovem Pan que o “novo PSDB”, sob a liderança indireta de João Doria, tem total apoio do ex-governador Geraldo Alckmin e outros caciques do partido, como o senador José Serra. “É inevitável a influência do governador, mas o partido chega unido para as convenções. Estamos todos unidos no ninho tucano”, disse.
Vinholi também é secretário de Desenvolvimento Regional do governo do estado e foi apadrinhado por Doria na disputa pelo presidência estadual da sigla. As eleições para o diretório, na verdade, ocorrem no domingo (5), durante convenção, mas o secretário é candidato único. A aclamação de Vinholi como presidente deve receber as bençãos de Alckmin e Serra, que estarão na cerimônia.
O ex-deputado afirmou ainda que o PSDB assumirá bandeiras liberais na economia, mas não vai adotar “dogmas impostos pelas ideologias mais radicais”. Segundo o secretário, o partido permanecerá ao centro do espectro político. “Não temos problema nenhum em defender uma econômico liberal e, por outro lado, apoiar o social”, defendeu.
Questionado se a direita de Jair Bolsonaro poderia ser vista como novo rival político, Vinholi rebateu. “O PSDB ainda tem como seu maior adversário o Partido dos Trabalhadores”, enfatizou. “O PSDB sempre foi o partido das privatizações. Mas o partido em vários momentos não usou isso como uma bandeira de frente. Nós vamos retomar isso. Quem faz privatização bem feita no Brasil é o PSDB.”
O novo presidente tucano ainda ressaltou ser necessário que partido retorne às suas origens. Para ele, a sigla deve “dialogar com as periferias de São Paulo”, voltando a ser o que chamou de “pulsar das rua”.
Sobre uma possível união com o DEM, Vinholi disse ser favorável a uma discussão com partidos que tenham alinhamento com o PSDB, mas ponderou que o tema ainda será fartamente debatido ao longo dos próximos meses.
Confira a íntegra da entrevista:
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