“Este é um momento de celebração”, diz Rogério Chequer, um dos líderes do “Vem Pra Rua”

  • Por Jovem Pan
  • 02/12/2015 21h03
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Ana Cichon/Jovem Pan Rogério Chequer em Os Pingos nos Is

Nesta quarta-feira (2), Eduardo Cunha, o presidente da Câmara dos Deputados, aceitou o pedido de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Entre os sete pedidos de afastamento que ainda aguardavam resolução, ele acolheu o requerimento dos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr. E, agora, será feita uma investigação sobre a presidente Dilma Rousseff.

Segundo Rogério Cheque, um dos líderes do movimento “Vem Pra Rua”, este é um moento de celebração.  “Porque o povo está pedindo por isso organizadamente e em massa há um ano e esse pedido finalmente começa a ser respeitado. Nós esperamos que, a partir de agora, o povo continue a ser respeitado”, disse Chequer.

Entretanto, ele mesmo afirmou que, por mais que o pedido pelo impeachment não fosse algo tão recente, a medida de Eduardo Cunha não deixou de ser inesperada: “é óbvio que ele vem usando isso como barganha pessoal, o que nós passamos a agradecer agora é que ele finalmente se curva à vontade popular. Esse é um dos poucos atos recentes dele alinhados com o que o povo vem pedindo. Por isso o motivo de comemoração”.

O documento tem seus argumentos baseados em problemas de responsabilidade fiscal do governo da presidente Dilma Rousseff, nas chamadas “pedaladas fiscais” e em fatos deste mandato e do anterior da presidente. O próximo passo agora é a votação entre os deputados e, para que o processo de impeachment tenha continuidade, é necessário que ao menos dois terços dos parlamentares votem a favor da medida.

Quanto à votação, Rogério Chequer está confiante de que o impeachment terá o número suficiente de votos. “Eu acho que os deputados do conselho de ética estão em uma situação muito clara: ou eles votam a favor da ética ou contra a ética. As evidências são inúmeras, então eu acho que eles estão tomando uma decisão muito grave para as carreiras deles”.

“Um deputado que vota contra o encaminhamento dessa investigação, já que isso não é nem a culpabilidade, é sinal de que deve ter uma grande evidência contra ele ou uma forte ligação contra ele. Porque é inadmissível, com as evidências que nós temos, que alguém seja contra esse tipo de investigação”, acrescentou.

Rogério anunciou que a partir desta quinta-feira (3) o movimento “Vem Pra Rua” irá começar a divulgar o cronograma de manifestações para que o pedido de impeachment seja levado a diante. “Nós já tínhamos um planejamento e a partir de hoje nós vamos começar a refazer esse planejamento e devemos começar a anunciar quais serão as próximas ações. Mas nós iremos para as ruas com todo o Brasil e alinhado com todos os outros movimentos. O povo vai para a rua no Brasil”, informou Chequer.

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