Estudante morre após ser baleado em “calourada” na Federal de Goiás

  • Por Estadão Conteúdo
  • 16/09/2017 17h00 - Atualizado em 16/09/2017 17h15
Divulgação UFG Tiroteio ocorreu em um gramado localizado nas dependências da Universidade Federal de Goiás

Um estudante de Ciências Ambientais morreu após ser baleado durante uma festa organizada para recepcionar os novos estudantes da Universidade Federal de Goiás (UFG) nesta sexta-feira (15). Ariel Ben Hur Costa Vaz, de 32 anos, foi atingido por volta das 23 horas, perto do horário limite para o término do evento, que teve início às 15 horas. Além dele, um rapaz no caixa do evento, identificado como Marcos Eduardo de Melo, levou outros dois tiros, um deles no pescoço.

O tiroteio ocorreu em um gramado localizado entre o Centro de Convivência e a Faculdade de Artes Visuais (FAV), ambos no Setor Itatiaia da UFG. O estudante morreu cerca de trinta minutos após ser baleado, quando estava a caminho do hospital. Tanto ele quanto Melo foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros, pois não havia ambulância no local da festa.

A “calourada” foi organizada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), com a autorização da reitoria da UFG. Segundo a universidade alegou em nota, na qual lamenta o ocorrido, a segurança do evento era responsabilidade do DCE, assim como a limpeza e colocação de banheiros químicos.

O reitor, Orlando Amaral, anunciou a suspensão temporária de festas dentro da instituição e disse que aguarda um relatório das equipes de segurança da UFG e do DCE. Também em nota, o diretório garantiu ter contratado seguranças privados para complementar a segurança do campus, realizada por empresa contratada pela Reitoria. Também foi destacado pelo DCE que não há controle sobre o acesso de pessoas ao campus.

O diretório afirma que colocou um advogado à disposição dos familiares das duas vítimas e solicitou que testemunhas se apresentem na Delegacia de Homicídios. A Polícia Civil ainda não informou a motivação e a autoria dos disparos. Nas redes sociais, estudantes que teriam testemunhado a confusão citavam duas hipóteses: de uma tentativa de assalto na qual a vítima reagiu ao ter o celular tomado; e a de uma briga causada por ciúmes.

O delegado Hellyton Carlos Miranda esteve no Centro de Convivências da UFG, no qual foram encontradas cápsulas de munição.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.