Estudantes entram em confronto com a polícia na Alesp durante protesto contra escolas cívico-militares
Proposta do governo Tarcísio de Freitas para a área da educação entrou em votação no legislativo paulista nesta terça-feira
Estudantes que foram à Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) nesta terça-feira (21) protestar contra o projeto de criação de escolas cívico-militares no Estado entraram em confronto com a Polícia Militar. A proposta do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) entrou em votação no mesmo dia. Para impedir a entrada dos estudantes na galeria do plenário, policiais do Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) usaram escudos e atingiram os adolescentes com cassetetes, conforme vídeos feitos pelos manifestantes. Ao menos sete pessoas foram apreendidas durante o confronto. Os elevadores que dão acesso ao plenário foram desligados e as portas antichamas fechadas para evitar a entrada de quem estava lá para protestar.
O confronto teve início após a polícia legislativa impedir a entrada de todos os estudantes no plenário, que permanecia praticamente vazio às 17h. André do Prado (PL), presidente da Alesp, justificou as medidas de segurança adotadas pela Casa para evitar uma invasão ao plenário, sem comentar sobre os jovens apreendidos ou agredidos. O deputado Edmir Chedid (União Brasil) criticou a forma como o governo tem pressionado para a aprovação do projeto. A base do governador está mobilizada para aprovar o projeto ainda nesta terça-feira (21). Tarcísio de Freitas elegeu as escolas cívico-militares como uma das principais bandeiras para a área da educação, em um aceno à base bolsonarista, após o governo federal decidir acabar com o programa nacional de fomento a este tipo de centro educacional criado por Jair Bolsonaro.
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