“Eu não posso responder pela captação do PMDB”, diz presidente de CPI sobre verba vinda de empresas da Lava Jato
Em resposta à reportagem publicada nesta quarta-feira (25) pelo jornal Folha de S. Paulo, o deputado Hugo Motta (PMDB-PB), escolhido presidente da CPI da Petrobras, afirmou não ter conhecimento das fontes que financiaram sua campanha. “Naturalmente pedimos ajuda ao partido em nível estadual e federal. Eu não posso responder pela captação do PMDB porque eu nem faço parte do executivo e não sou presidente de partido”, esclareceu.
A matéria afirmava que parte da verba da campanha política do deputado foi sido bancada por empresas que são atualmente alvo de investigação da Operação Lava-Jato. “Estou muito tranquilo porque nenhuma empresa doou diretamente para nossa campanha eleitoral”, contestou.
Durante a entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã da Jovem Pan, Motta foi questionado se será possível ser parcial ao presidir a CPI que envolve as empresas que o financiaram, mas o deputado enfatizou que não tem vínculo. “Não tenho nenhum tipo de relacionamento com essas empresas e não conheço nenhum dos seus representantes, então isso é total isenção no nosso papel de presidir a CPI”, rebateu.
Sobre a apuração de que a corrupção na Petrobras teria começado no período em que Fernando Henrique Cardoso era presidente do Brasil, o deputado afirmou que o compromisso que zela é pela investigação. “Não há problema em investigar o período que seja”, e acrescentou, “isso pode ser uma manobra para desviar a investigação. Não vamos permitir que se embole o jogo e não se investigue”.
Motta ainda ressaltou a importância do envolvimento da Comissão Parlamentar de Inquérito na apuração dos fatos. “CPI é palco político, cabo de guerra entre governo e oposição, e agiremos como magistrado, vamos agir com imparcialidade”, concluiu.
Ouça entrevista completa no áudio acima.
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